domingo, 4 de maio de 2008

Zagallo, o 13 trabalhador


04 de maio de 1958..... a partir desse dia, há exatos 50 anos, o escrete canarinho recebia pela primeira vez não o seu maior craque, mas sem dúvida um personagem que iria marcar sua história de maneira praticamente ininterrupta ao longo desse meio século: Mário Jorge Lobo Zagallo, o "formiguinha" como jogador e o "velho lobo" como treinador. Começou no futebol como meia esquerda, o clássico camisa 10, no América do RJ, mas decidiu mudar de posição - passou a ser ponta esquerda - devida a grande concorrência na posição na época e a falta daquele algo mais presente nos craques da posição. Pelo visto a mudança deu certo, e Zagallo fez sua estréia no Maracanã lotado, em jogo válido pela Taça Oswaldo Cruz, com o Brasil goleando o Paraguai por 5 a 1 e com dois gols do próprio (um de cabeça e outro em um chute cruzado). Dos 33 jogadores presentes no grupo nesse jogo, 22 apenas foram convocados pelo técnico Vicente Feola para a Copa do Mundo de 1958, na Suécia, e entre eles estava o trabalhador Zagallo, que além de marcar um dos gols da espetacular virada sobre os donos da casa na final (jogo no qual o mestre Didi "inventou " o ato de ir buscar a bola no fundo do gol e correr com ela para o meio) ainda inovou taticamente, ja que a seleção jogou no 4-3-3 naquele torneio com o ponta esquerda formiguinha recuando para auxiliar o meio-campo. Outro ponto importante nessa campanha foi o fato do ainda jovem lobo ter deixado na reserva dois craques da época: Canhoteiro, um dos maiores ídolos da história do SPFC e Pepe, a dupla preferida do Rei no Santos.Zagallo ainda disputou a Copa de 1962, e encerrou sua carreira de jogador em 1965, tendo jogado ainda no Flamengo e no Botafogo, onde tinha companheiros como Didi, Garrincha e a enciclopédia do futebol Nilton Santos. Na seleção participou de 36 jogos e marcou 5 gols.
Sua estréia como treinador aconteceu em 1966, nos juvenis do Botafogo e a partir daí o velho lobo não parou mais: treinou Fla, Flu, Vasco e Portuguesa, além das seleções do Kuwait, da Arábia Saudita (classificada para as Olímpiadas de Montreal) e dos Emirados Árabes (classificado para a Copa de 1990). Mas foi na seleção brasileira que Zagallo demonstrou todo seu potencial como treinador: apesar do 4° lugar na Alemanha em 1974, do polêmico vice em 1998 e da derrota para a Nigéria nos Jogos Olímpicos de 1996 ele foi tri em 1970 e era auxiliar de Parreira no tetra de 1994.
Só nos resta agradecer a esse homem que inovou o futebol e demosntrou com muita raça e dedicação que nem sempre os melhores jogadores são os mais habilidosos, mas sim aqueles verdadeiros atletas, com amor à camisa, suor escorrendo no rosto e o coração na ponta da chuteira!!! O nosso MUITO OBRIGADO (com 13 letras) a você Zagallo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Vida simples e pensamento elevado.....

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