segunda-feira, 7 de julho de 2008

Ah, que domingo hein!


Diferença no ranking de entradas da ATP caindo para 545 pontos, fim da série de 65 vitórias consecutivas na grama - 41 em Wimbledon - quebra dos recordes de Manolo Santana (vitória de um espanhol na grama) e Bjorn Borg (RG e Wimbledon na mesma temporada), e o mais importante, uma vantagem psicológica que pode até ameaçar a carreira do atual número 1 do mundo. Tudo isso esteve em quadra esse domingo no All England durante as quatro horas e quarenta e oito minutos de partida, com direito a duas interrupções devido ao mau tempo. Nadal dessa vez foi superior, 3 sets a 2 com parciais de 6/4, 6/4, 6/7(5/7), 6/7 (8/10) e 9/7. Merecida vitória, pela evolução apresentada - que agora o credencia ao hall dos melhores de todos os tempos - e pela partida, praticamente impecável, a não ser pelos match points desperdiçados, ou salvos por Roger Federer. O suíço esteve bem, mostrou recuperação e desfilou sua categoria como de costume, com golpes profundos e voleios firmes, mas faltou agressividade nos dois primeiros sets, vencidos pelo fenômeno espanhol. A chuva chegou, e o vestiário fez bem a Roger, que empatou a partida mas não teve forças para superar Nadal no set decisivo. O espanhol esteve indestrutível essas duas semanas, e sua confiança parece ser inabalável, mesmo nos momentos mais difíceis: ele joga todas as suas partidas contra Federer, desde a primeira rodada ele visualiza o suíço do outro lado da rede, e isso o fortalece cada vez mais em sua cruzada para atingir o topo. Parabéns ao espanhol, que agora vai viver seu pesadelo na temporada de quadras duras. Ou não. Para Roger, o consolo de manter a posição de número 1 por mais algum tempo e de atingir o segundo posto na Corrida, ultrapassando Djokovic, mas fico temeroso com o futuro da sua carreira; a motivação de Federer não vem sendo mais a mesma, e ser derrotado em seu piso preferido, por seu maior rival - o "pior adversário possível" segundo o suíço - pode causar um bloqueio psicológico similar ao que encerrou a carreira de Borg, que não vencia John McEnroe e pendurou a raquete precocemente aos 25 anos. A frustração de Federer pode se mostrar maior que seu poder de reação, e a lenda pode não ser mais a mesma. O US Open dirá. Força Roger!
Ainda na Inglaterra, mas agora em Silverstone, muita chuva e Rubinho, isso mesmo, Rubinho, ele mesmo, Barrichelo, montado em uma Honda voltando ao pódio depois de três anos de jejum e com direito a fatídica sambadinha. Hamilton venceu em casa com um minuto de vantagem sobre Heidfeld, e com direito a pasteladas de Massa e Raikkonen, que na chuva e sem controle de tração, tiveram sérias dificuldades de se manter na pista, assim como vários outros pilotos. Me fez lembrar o saudoso desenho animado Corrida Maluca, e embolou o campeonato: três pilotos lideram - os dois da Ferrari e Hamilton - com 48 pontos e Kubica segue de perto com 46. Ainda vou acreditar em Massa, com chances.
Para completar o domingo bizarro, o tricolor empata em casa com o vice lanterna, dois jogadores discutem em campo e a liderança vai ficando longe. Abre o olho!
Vida simples, pensamento elevado e que as coisas voltem aos seus lugares!

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