segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Histórico


Peguem papel e caneta, pois estamos vendo a história do esporte ser escrita diante de nossos olhos: nomes como Michael Phelps, Usain Bolt e Isinbayeva eternizaram seus nome nas comeptições em solo chinês. Não há o que dizer sobre Phelps, simplesmente o maior atleta olímpico de todos os tempos e o maior ganhador de medalhas de ouro em uma única edição, superando seu compatriota Mark Spitz (sete ouros nos Jogos de Munique, em 1972). Assombro parecido provocou o jamaicano Usain Bolt, que literalmente brincou na pista do Ninho de Pássaro, e passou facilmente pelas eliminatórias para destruir o recorde mundial dos 100 metros rasos na final: mesmo abrindo os braços e comemorando antes da hora ele cravou incríveis 6.69 segundos para se tornar o brincalhão mais rápido do mundo. Essa máquina ainda disputa a final dos 200, que, segundo o próprio, é sua prova preferida. Marrento!
Também no Ninho, a bela e a fera se fundiram, e a russa Yelena Insibayeva mostrou porque é a franca favorita, e não só conquistou o ouro facilmente, iniciando a disputa já com o sarrafo a 4,70 metros, e saltando apenas mais duas vezes para sacramentar a vitória, como quebrou o recorde mundial pela vigésima quarta vez consecutiva saltando 5.05. Linda e competente, até parece a Aninha!
Mas enquanto surgem nomes de heróis possivelmente eternos, assistimos os fracassos brasileiros decepcionados. Houve momentos épicos é verdade, como Marta, Cristiane & Cia arrasando as alemãs na semi-final e o grande César Cielo Filho sobrando nos 50 livre e com o bronze nos 100, e ainda há esperanças de algumas medalhas, como no vôlei, no futebol, na vela e no hipismo, mas o azar ronda a delegação brasileira no Oriente. Esportes que prometiam medalhas certas, como judô, ginástica e salto com vara decepcionaram, ou simplesmente não estavam em um bom dia. O material de trabalho de nossa saltadora desaparece, o melhor ginasta do mundo cai de bunda, a melhor do ranking no solo vai mal, e a Jade lindinha ainda não amadureceu o suficiente. No judô, três bronzes, mas o favoritismo de João Derly e Tiago Camilo diminuiu um pouco o brilho do terceiro lugar. Difícil repetir o desempenho em Atenas, mas, já que nem os americanos estão conseguindo, não deveríamos nos preocupar tanto assim... ou talvez deveríamos? Vemos em Pequim o reflexo do abandono do esporte nacional em contrapartida com a perfeição da organização chinesa, fantástica dentro e fora da competição. Ninguém segura!

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