segunda-feira, 30 de junho de 2008

Miura furioso


Começa a segunda e decisiva semana do mais tradicional GS após a folga de domingo - a chuva não apareceu e não houve nenhum atraso. No bom jogo entre Gasquet e o queridinho da torcida Murray, válido pelas oitavas, o francês acaba de fechar o primeiro set após cinco set points consecutivos no saque do britânico, que busca quebrar o tabu de 72 sem vitória de tenistas da casa - o último título foi o de Fred Perry em 1936. Enquanto no feminino as três primeiras do ranking já caíram - a bela Aninha e a encorpada Jankovic se despediram uma rodada depois de Sharapova - na chave masculina apenas Djokovic e Roddick já sucumbiram entre os favoritos. Eu digo favoritos porque não vejo outro tenista à exceção dos dois citados com chances de derrubar Roger Federer e Rafael Nadal, que caminham para mais uma final.
O caminho do suíço é um pouco mais difícil e ele tem uma chave complicada à frente, com a possibilidade de um confronto com Marat Safin na semi-final. Nas quartas Roger jogará com o sacador Ancic, exausto após a incrível batalha de cinco sets contra Fernando Verdasco, com direito a 13/11 no set decisivo, enquanto o gigante lendário russo lidera nesse momento a partida contra Wawrinka válida pelas oitavas. O vencedor pega o cipriota Baghdatis.
Se do outro lado da chave as coisas não são boas para Federer, Nadal tem um caminho aparentemente mais fácil rumo à final e quem sabe ao inédito título: Schuettler enfrentando Cilic ou Clement é um jogo fraco para quartas-de-final de GS, mas Gasquet ou Murray poderiam ser uma complicação. Eu disse poderiam, porque o nível do touro Miura é impressionante: Nadal atingiu a maturidade, e vem mostrando uma força física e mental pouco vistas. Como acabou de dizer Dácio Campos, difícil ver um tenista ganhar um set contra Nadal, quem dirá vencer três. É nítida a evolução no tênis do espanhol, que vem buscando aperfeiçoar o serviço e o jogo mais ofensivo, arriscando até alguns voleios em pisos rápidos. Ainda há muito a provar, com a pressão por títulos fora da temporada de saibro cada vez maior, além do desconforto de ter como principais adversários o promissor Novak e a lenda Federer, entretanto, potencial para o duelo ele mostra que tem. E que vença o melhor, que é como as coisas costumam acontecer no tênis.

Reconciliação com o (bom) futebol


Pode parecer redundante falar do nível do futebol visto nas últimas três semanas em campos austríacos e suíços, mas como os mestres Juca e Tostão o fizeram, me sinto à vontade para voltar a elogiar o toque de bola e a ofensividade dos participantes da Euro 2008. O fracasso de retrancas como a italiana, atual campeã mundial, e a russa - que apresentava até a semi-final um futebol vistoso mas abdicou de atacar e fracassou na busca pela vaga na final - demonstram possíveis novos rumos para o futebol. Outro destaque da competição foi a estrutura dos estádios e gramados, outra redundância em se tratando de competições futebolísticas no Velho Mundo.
E como um prêmio ao bom futebol, que nem sempre é justo, a merecedora Espanha ficou com o caneco. Talvez inspirados pelo cinquentenário do fim da nossa síndrome, a Fúria Vermelha se livrou do seu complexo de vira-lata e não deu muitas chances para a sempre favorita Alemanha. Com seu futebol pragmático, sempre perigoso na bola aérea, defensores altos e uma frieza incomum, os alemães atropelaram na segunda fase, mantendo sempre seu jogo sólido e contando com Ballack no seu máximo. Chegaram com um certo favoritismo na última partida, mas a Espanha não deixou por menos, e com uma campanha igualmente regular aparecia como forte candidata apostando no seu toque refinado e em sua dupla inspirada de atacantes.
A tônica da partida final foi exatamente essa: a Alemanha fria, alçando bolas e acionando Ballack e a Fúria tocando a bola, apostando no conjunto e contando com atuações sensacionais de Marcos Senna - primeiro brasileiro a vencer a Euro e eleito craque do torneio pela torcida espanhola - e Sérgio Ramos, além do oportunismo de Niño Torres, que não desperdiçou a chance e marcou o gol do título. De quebra foram 9 espanhóis na seleção do campeonato, eleita por uma comissão escolhida pela UEFA, e Xavi Hernández craque do torneio. Barba, cabelo e bigode para a Fúria e sua geração fantástica, e quem ganha é o futebol.
Vai deixar saudade, vamos voltar a realidade e assistir o Brasileirão, mas fica a esperança de um futebol melhor.

domingo, 29 de junho de 2008

Um de cinco

29 de junho de 1958. O dia amanhece chuvoso em Estocolmo, capital sueca, e está tudo pronto para a grande final da Copa do Mundo. A chuva cessa por volta das dez horas da manhã, possibilitando melhores condições para o gramado do estádio Rasunda que receberia o confronto entre os donos da casa e o Brasil ás 15:00 horas. Estava em jogo ali não apenas o título do mundial de futebol daquele ano, mas também o fim do pesadelo do vice em 1950, no Maracanã completamente lotado e calado por Ghiggia. Como dizia Nelson Rodrigues, tínhamos síndrome de vira-lata, a mesma que acompanha a Espanha - prestes a entrar em campo para a final da Euro 2008 contra os alemães - nos tempos atuais, e sondava o escrete canarinho após o fiasco contra os uruguaios. Contudo, daquela vez foi diferente e começava a ser escrita na Escandinávia a história do país mais vitorioso no futebol de todos os tempos.
As coisas não começaram bem, e perdemos o sorteio de uniformes para os suecos, que jogariam de amarelo, o que nos obrigaria a usar nossa camisa reserva com fama de azarada. Mas Paulo Machado de Carvalho soube contornar o problema dizendo aos supersticiosos atletas que não houve sorteio algum e que ele havia escolhido jogar de azul, visto que essa é a cor do manto da padroeira do Brasil Nossa Senhora de Aparecida. E assim foi, de camisa azul, com campo úmido e torcida contra que construimos nosso primeiro triunfo em Copas. Nem mesmo o primeiro gol sueco marcado por Liedholm aos três minutos de bola rolando, e que poderia desestabilizar o time , abalaram a confiança dos nossos craques, que, jogando por música e com direito a aplausos da torcida local, tiveram capacidade de virar o jogo e confirmar a consagração pelo placar de 5 a 2 - por coincidência, o mesmo placar da semi-final contra a França do artilheiro daquele mundial Fontaine. Muita comemoração, muito choro - especialmente do menino Pelé , surgindo para o mundo da bola e marcando dois na final - e a quebra de protocolo com abraços no rei Gustavo, que entregou a Jules Rimet para o capitão Bellini imortalizar o gesto que se repetiria ainda mais 4 vezes a nosso favor.
Um time desacreditado de certa forma, mas que provou seu valor e se firmou como um dos maiores conjuntos que o futebol já viu em sua história. Ainda há um debate acirrado sobre qual a melhor seleção de todos os tempos, dado que as principais concorrentes, além da Hungria de Puskas e do carrossel holandês de 74, são os mágicos escretes brasileiros de 1970 e 1982. Fica a cargo de cada um eleger a sua, mas na minha opinião - e na opinião de jornalistas que tiveram a oportunidade de acompanhar esse time - time algum será melhor que Pelé e Garrincha juntos, isso ainda sem contar os outros nove guerreiros de 1958, a melhor seleção de todos os tempos e aquela que nos fez, quiçá pela primeira vez na história, ter orgulho de ser brasileiros!
Mais uma vez a eterna gratidão a Gilmar, Castilho, Djalma e Nilton Santos, De Sordi, Oreco, Mauro, Bellini, Orlando, Zózimo, Didi (o mestre), Dino Sani, Zito, Moacir, Garrincha, Zagallo, Vavá, Pepe, Pelé, Joel, Mazzola e Dida, além do treinador Vicente Feola e do jornaista Nelson Saldanha Filho com uma cobertura impecável, que tem seu material disponível no blog Direto de 58.
Vida simples, pensamento elevado e Obrigado Brasil!

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Traição

Traiçoeiro. Foi esse o adjetivo que me esqueci de colocar no último post, e ele vem demonstrando estar presente na competição desde o início. O piso de grama do All England não perdoa falhas e desconcentrações: em decorrência das dificuldades impostas pelo tapete verde - muita velocidade e aumento de imprevisibilidade da trajetória da bolinha - os erros tendem a aumentar, e os adversários, mesmo ranqueados inferiormente não dão chances à quem erra muito em Wimbledon. Esses foram os casos de Nalbandian, ainda na primeira rodada, e dos favoritos a irem longe no torneio Djokovic, Roddick e Sharapova.
Novak atravessa um momento muito bom na carreira, já tendo conquistado um Grand Slam essa temporada e se consolidado como grande tenista da atualidade, mas o adversário que o eliminou não deixa por menos: Marat Safin, hoje com 28 anos, já atingiu o posto de número 1 do mundo (Novembro de 2000) e sempre foi considerado um dos tenistas mais talentosos do circuito. Não chegou mais longe - se é que precisava - devido a sua falta de controle mental: Safin ficou conhecido não só pelo seu enorme talento, sua força desproporcional e sua mecânica praticamente perfeita, mas também pelo seu descontrole emocional, pela facilidade com que ele perdia o foco e a cabeça - com direito a acertar bolada no juiz de cadeira e quebrar inúmeras raquetes, inclusive no treino. Na partida, o russo não deu chances ao sérvio, que cometeu um alto número de duplas faltas (10) e erros não forçados (28) e pontuou pouco no seu segundo serviço (35%). O placar de 3 a 0 - parciais de 6/4, 7/6(3) e 6/2 - refletiu bem o domínio de Marat, que abusou de seu serviço implacavelmente forte para minar o sérvio.
Outro favorito que caiu cedo foi o americano Andy Roddick, derrotado por Tipsarevic por 3 sets a 1. O pupilo de Connors começou bem e venceu o primeiro set no tiebrake por 7 a 5. Seu serviço estava entrando - foram 27 aces - mas o sérvio contou com as dificuldades do adversário na devolução para manter seu saque durante todo o jogo e avançar para a terceira rodada. James Blake também se despede na segunda partida.
Na chave feminina, enquanto a linda Aninha suou muito para salvar um match point - ajuda providencial da fita da rede (foto) - e depois virar a partida contra Natalie Dechy, com direito a 10 games a 8 no terceiro set, Maria Sharapova não teve a mesma sorte: perdeu para sua compatriota Alla Kudryavtseva em sets diretos com parciais 6/2 e 6/4. A musa russa, atual número 2, cometeu os mesmos erros de sempre, com as famosas dupla-faltas (8) e muitos erros não-forçados - 22 contra apenas 8 da adversária - e demonstrou ainda muita instabilidade no seu jogo para ser a líder do ranking.
Apesar de muitos favoritos ainda no páreo, zebras já aconteceram até aqui, e essa parece ser a tônica do torneio. A chuva apareceu, como de costume, mas já foi demonstrado que para vencer esse Grand Slam deve se enfrentar chuva, sol e grama, muita grama.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Tradição

Os cavalheiros e damas vestindo branco, os suportes da rede de madeira, a ausência de propagandas na quadra. Esse é o cenário do ápice da curta temporada de grama, Wimbledon, o terceiro Grand Slam do ano e mais tradicional torneio do circuito, disputado no AELTCC a partir de 1877 no simples masculino - as duplas vieram em 1879 e o simples feminino em 1884.
Ontem os líderes do ranking masculino e feminino fizeram suas estréias, e se deram bem: a musa Aninha passou bem pela paraguaia De los Ríos, 2 a 0 e uma vestidinho branco que é uma delícia, e a lenda Roger Federer atropelou Hrbaty também sem perder set. Federer é o atual pentacampeão - igualando a marca de Bjorn Borg - e persegue os sete títulos conquistados pelos recordistas do torneio Pete Sampras e William Renshaw.
Mesmo com todo esse retrospecto, o favoritismo do número 1 está mais ameaçado do que nunca na grama sagrada, já que o sorteio colocou Novak Djokovic do mesmo lado da chave que o campeão e o tênis de Nadal não pára de crescer. O espanhol atravessa um momento excepcional após os triunfos em RG e Queen's, e além de buscar o posto de Federer no ranking, ele ainda persegue duas marcas importantes: desde Manolo Santana em 1966 um espanhol não vence Winbledon, e desde Borg em 1980 um tenista não vence na grama e em Roland Garros na mesma temporada. Motivação extra para o jovem espanhol, buscando melhores resultados em pisos rápidos para se consagrar entre os maiores de todos os tempos - seu melhor resultado no U.S. Open, disputado no final da temporada em quadra dura, foi chegar nas quartas. Nadal está jogando nesse momento contra o alemão Andreas Beck, que vem de um bom resultado em Halle, mas encontra facilidade até aqui e vai vencendo o segundo set. Facilidade que Djokovic não encontrou em sua estréia ontem ao vencer Michael Berrer por 3 sets a 1, mas ele segue no torneio com muitas chances. A primeira zebra foi o sempre top 10 e finalista em 2002 Nalbandian deixar a competição ao ser derrotado na primeira rodada pelo canadense sacador Frank Dancevic, 3 a 0 em um passeio, com 16 aces.
Outros resultados: o clássico Stepanek venceu fácil e pode enfrentar Belucci em uma possível terceira rodada; o ex-número 2 do mundo Haas fez um belo jogo contra Guillermo Cañas e venceu por 3 a 1 de virada, enfrentando Robredo na segunda rodada; Benjamin Becker despachou por 3 a 0 o cabeça 4 Davydenko, mesmo placar do bom jogo entre Mardy Fish e Richard Gasquet que fará o duelo francês contra o duas vezes semifinalista Grosjean - derrotado por Roger Federer na semi do ano passado. Sharapova também estreou bem e não teve dificuldades contra Fortez.
Um bom início de competição, com boas partidas e Belucci vencendo, além da sempre esperança brasileira nas duplas com Sá e Melo. Que vençam os melhores!

sexta-feira, 20 de junho de 2008

O time da virada

Incrível, impressionante, inacreditável, emocionante... faltam adjetivos para descrever o jogo entre Croácia e Turquia válido pelas quartas-de-final da Euro 2008. Depois de uma primeira fase difícil, contabilizando uma derrota para Portugal na primeira partida, os turcos vem mostrando uma capacidade de reação nunca antes vista no mundo da bola. No segundo jogo, contra uma das anfitriãs, a Suíça, a equipe turca saiu de um placar desfavorável para reverter a situação e confirmar a vitória por 2 a 1. No encerramento da primeira fase, não foi diferente: perdiam para os favoritos tchecos ate o início dos acréscimos, quando marcaram duas vezes em um espaço de cinco minutos para selar o resultado de 3 a 2 e carimbar a vaga para a fase seguinte.
Nas quartas, um duelo de zebras aguardava a seleção turca, que enfrentaria a Croácia, também não muito cotada no início do campeonato. Admito que o nível apresentado por ambas as equipes durante os noventa minutos esteve muito aquém daquele demonstrado no torneio, mas entendo os treinadores, um tanto quanto receosos para a partida que definiu um dos quatro semifinalistas. Entretanto, após o 0 a 0 no tempo normal, a prorrogação guardava momentos eletrizantes. Até os 13 minutos do segundo tempo do tempo extra, tudo caminhava para as penalidades e o jogo seguia seu padrão não muito agradável, mas foi nesse momento que o goleiro reserva da Turquia Rustu - o titular estava suspenso por 2 cartões amarelos - fez uma lambança na área em uma bola perdida, e cedeu o primeiro tento aos croatas. Comemoração no estádio, camisas quadriculadas pulando, quando inexplicavelmente, no último minuto, um chutão para a área, o bate e rebate, e ela sobrou limpinha para o matador Senturk anotar no ângulo de Pletikosa e empatar o confronto. Uma explosão tomou conta da torcida turca, que mal acreditava no que via e já se preparava para deixar o estádio desolada e agora se preparava para assistir a disputa de penalidades. Faltou cabeça aos croatas, que após levarem o gol no último instante, já entraram derrotados moralmente nos penaltis, e converteram apenas uma entre quatro cobranças, enquanto os turcos converteram todas. Vitória fácil (só nos penaltis) do time que mereceu a vaga, por acreditar até o fim nesses momentos que só o esporte pode nos proporcionar. E como todo torneio tem que ter uma zebra, aí está: Turquia entre os quatro melhores e com chances de ir á final. É só acreditar! (mas é bom jogar bem também!)
Na outra partida, também válida pelas quartas, nosso velho conhecido Felipão e sua esquadra portuguesa sucumbiram ao poder do futebol alemão. Como a maior campeã da Euro, e tri mundial, a Alemanha sempre é favorita em qualquer competição, e apresentou um futebol que a credencia como tal: com Ballack comandando as ações no meio, e um Schweinsteiger inspirado na bola parada, nem mesmo o bom futebol de Deco - C.Ronaldo não demonstrou o que estamos acostumados a ver e sentiu a forte marcação durante todo o campeonato - foi suficiente para passar pela equipe de Joachim Low, e o resultado ficou mesmo nos 3 a 2, vaga alemã. A partida foi excelente, mas Portugal vinha se desconcentrando com os rumores sobre o futuro de seu maior craque, de seu treinador, de seu principal articulador no meio-campo - que até saiu da concentração para assinar um suposto contrato - e acabou perdendo o foco. Não afirmo que o motivo da derrota tenha sido este, mas mesmo vencendo os alemães, o que era perfeitamente possível, não acredito que Portugal tivesse condições psicológicas de ser campeão.
Vida simples e pensamento elevado!

Por um futebol melhor

Acabou a primeira fase, e dois jogos das quartas já foram realizados, mas o motivo desse post não é apenas comentar resultados - como tem sido dito por alguns aprendizes rebeldes. Escrevo aqui em agradecimento aos jogadores e seus treinadores no decorrer dessa Euro 2008, que apresenta o melhor nível de futebol visto nos últimos anos. Estou tendo o privilégio de assistir pela televisão um futebol vistoso, bem jogado, um bom toque de bola, e o mais importante, ofensivo. Claro que não é aquela magia de um Pelé ou um Garrincha driblando, nem do carrossel holandês de 74 tocando a bola, visto que o fuebol moderno não permite muitas firulas, mas mesmo com a disciplina tática e o vigor físico da atualidade, é louvável como as equipes estão encarando esse torneio. A velocidade do sensacional time da Holanda, com seus meias infernais e seu treinador craque, o surpreendente toque de bola da Rússia, isso mesmo a Rússia, treinada pelo mágico Guus Hiddink e tendo como base o atual campeão da UEFA Zenith, a versatilidade do time croata também muito bem dirigido por Slaven Bilic, que tem seu grupo nas mãos. Sem contar a Fúria, que passou recentemente por um processo de renovação e vem colhendo os frutos de uma boa safra com Fabregas, Fernando Torres, Sergio Ramos e por aí adiante, além de nossos irmãos lusos, treinados pelo maioral e contando com a habilidade de jogadores como C.Ronaldo, Quaresma e Deco. A Alemanha não fica atrás, e apesar de seu jogo burocrático mas sempre favorito, tem em seu elenco um Ballack muito inspirado, jogando fino e conduzindo os germânicos até a semi-final por enquanto.
Verdade que equipes tradicionais decepcionaram, como a atual campeã do mundo Itália, apostando na sua defesa e no seu forte sistema tático para compensar o mau futebol apresentado até aqui e se classificar para as quartas e a França, eliminada exatamente pela Azzura ainda na primeira fase, sentindo a ausência do maestro, e, como a seleção brasileira, atravessando um turbulento período de renovação do elenco. Contudo, os azuis conseguiram mostrar um futebol contundente em suas partidas, até mesmo na derrota por 4 a 1 para os holandeses (melhor jogo até aqui), tendo em Frank Ribery sua maior esperança para o futuro.
Independentemente do campeão, estarei satisfeito ao término do campeonato porque esse torneio me fez voltar a acreditar no futebol. Depois de uma das piores Copas de todos os tempos, depois da Era Dunga - em campo e fora dele também, infelizmente - finalmente uma luz no fim do túnel, uma esperança de que o físico nunca supere o técnico, mesmo esta parecendo uma tendência irreversível. Espero que sirva de modelo, para que, daqui em diante, soframos menos ao assistir uma partida, e a bola seja menos maltratada.
Vida simples, pensamento elevado, e time no ataque!

Adendos:
- como sugerido pelo Macaco Simão, tentei torcer a favor do Brasil e contra o Dunga, e pelo visto deu certo: não fomos derotados pelos hermanos, e o brincalhão do "técnico" continua ameaçado. Quanto ao jogo, sem comentários... foi de dar sono mais uma vez.

terça-feira, 17 de junho de 2008

We love grass

Enquanto a minha musa descansa e aproveita suas merecidas férias no posto de número 1, os homens suam para se preparar para a curtíssima temporada de grama e tentar derrotar o mito em seu piso preferido. Muita polêmica envolve os torneios de grama, dispensados por muitos tenistas, que procuram descansar/treinar ou defender alguns pontos longe do triunvirato, como no caso do número 4Davydenko, que optou por jogar o ATP de Varsóvia no saibro, onde foi campeão. Guga jogou poucas vezes em Winbledon, comprovando a pouca adaptabilidade de jogadores de saibro ao piso irregular encontrado em poucos lugares no globo.
Mesmo enfrentando essa dificuldade de adaptação, o espanhol Rafael Nadal confirmou a fase fenomenal que atravessa e foi o campeão do torneio de Queen's, eliminando o sacador Roddick e vencendo o consolidado Djokovic na final. Além de ser o seu primeiro título na grama, ele se tornou o primeiro espanhol a vencer no piso desde Andres Gimeno em 1972 (torneio de Eastbourne) e o primeiro tenista a vencer o Artois Championship e o Aberto da França na mesma temporada.
Mas, na Inglaterra e na quadra vegetal, o rei é ele, Roger Federer, invicto a inacreditáveis 59 partidas na grama e acumulando o título de numero 55 na carreira ao vencer o ATP de Halle na Alemanha pela quinta vez consecutiva - sua última derrota neste piso ocorreu na semi-final deste mesmo torneio para o alemão Kiefer há seis anos atrás. Com seu jogo agressivo, um saque potente e um voleio fantástico, ele chega confiante ao All England Lawn Tennis and Croquet Club, onde o suíço já é pentacampeão.
O piso é outro, mas o clima também mudou: agora Nadal corre por fora, e o grande campeão defende seu estilo e seu status de favorito no seu Grand Slam predileto. Resta saber como ele se comportará frente a Nadal, caso eles realmente se enfrentem na final, porque em um GS chegar a final exige o máximo do tenista. Não faltam candidatos para "melar" o possível duelo, pois sacadores como Roddick, Karlovic e Ancic sempre complicam na grama, sem falar de Novak, com seu tênis regular e sólido por quase toda a temporada. Assim como o tricolor, rumo ao Hexa Roger!
Vida simples e pensamento elevado, né Paçoca!

17 de junho de ......


Um dia para comemorar, mas os motivos não são o bom futebol apresentado na Euro até aqui nem tampouco a "boa fase" da "seleção" brasileira do "treinador" e candidato a humorista Dunga. No dia de hoje comemoramos 46 anos do bi-campeonato mundial no Chile e 16 anos do primeiro título da vitoriosa história do São Paulo Futebol Clube na Libertadores da América.
O mestre Telê Santana se livrou de vez da fama de azarado no dia 17 de junho de 1992 quando o tricolor paulista levantou pela primeira vez o troféu mais importante do continente sul-americano no estádio Cícero Pompeu de Toledo, derrotando o Newell's Old Boys nos penais. Logo após Cafú bater o quinto e colocar o São Paulo na frente, o craque dos argentinos Gamboa se posicionou para cobrar o último penal, e lá estava Zetti, voando no cantinho para a consagração. Foi apenas o início da vitoriosa ponte aérea Morumbi - Yokohama, que se repetiria mais duas vezes no decorrer na história.
No ano de 1962 o scratch comandado por Aymoré Moreira consagrou-se bi-campeão da Copa do Mundo com uma vitória incontestável de virada por 3 a 1 sobre a poderosa Tchecoslováquia do craque Masopust. Amarildo, Zito e Vavá marcaram a nosso favor, e viram o capitão Bellini levantar a Jules Rimet e repetir o feito de quatro anos antes. Título merecido de um ainda verdadeiro futebol brasileiro, ofensivo, com jogadores habilidosos jogando pra cima, pra frente, do porte de Pelé (contundido no decorrer do torneio), Garrincha, Amarildo, Pepe e Didi e com uma defesa formada por craques com a classe de Nilton e Djalma Santos, Mauro e Gilmar. Ao assistir o selecionado atual, só nos resta o saudosismo de uma época na qual nem sequer haviamos nascido, mas uma época de Brasil campeão como vivenciamos a pouco tempos atrás.

Adendos:
- concordando com j.scato, mesmo ele sendo mineiro, vamos para a campanha FORA DUNGA!
- o São Paulo confirma o renascimento e aplica um excelente 4 a 2 no líder Fla em pleno Maraca. Até o ataque desencantou, e agora estamos no páreo... rumo ao Hexa!!
- e só para não esquecer: OBRIGADO SPORT, VALEU BALA!!!!!!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Bala, o Profeta


"O gol do Enílton (no Morumbi quarta passada) foi o gol do título." "Deus falou comigo essa semana, e o Sport vai ser campeão." Após proferir essas frases no decorrer da semana que antecedia o jogo decisivo da Copa do Brasil, Carlinhos Bala e seus companheiros do Sport Clube Recife entraram para a história do Leão ao levantarem o troféu do torneio e classificarem a equipe para a Libertadores 2009 com a vitória pelo placar mínimo necessário (2 a 0) contra os gambás - time de segunda divisão.
O Leão, invicto em seu estádio "La Bonbonilha" desde outubro do ano passado - quando foi derrotado pela precisão de Rogério Ceni e do atual campeão brasileiro - precisou de apenas 36 minutos para colocar fim às esperanças do time alvi-negro: depois de falar com Deus (não, ele não é Moisés) o Profeta Carlinhos Bala abriu o placar ao receber com açúcar de Luciano Henrique e contar com a ajudinha do "goleirão" Felipe - que já tem no currículo dois rebaixamentos no nacional. O "goleirão", que por sinal foi decisivo na partida, não atravessava um bom momento no jogo e dois minutos após sofrer o primeiro, resolveu fazer explodir a Ilha do Retiro com o gol de Luciano Henrique, que foi 50% de Enílton e 50% do próprio - um FRANGAÇO, assim como o primeiro!
Por alguns momentos achei que faltaria camisa ao time pernambucano, mas a decisão de ontem demonstrou que motivação também ganha jogo, assim como estádio cheio e artilheiro profeta. "Não chora, não chora, não chora... não chora, não chora, não chora... não chora Timão!"
Vida simples e pensamento elevado... além de muita risada

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Uma festa holandesa com certeza!

ao

Ora pois, que eu estava prestes a depositar toda minha torcida nos gajos de Felipão, quando me sento para assistir Itália x Holanda. Muita expectativa para a partida entre a atual campeã mundial e a sempre boa escola holandesa dirigida pelo craque Marco van Basten, e o que se viu em campo não foi diferente: uma das melhores partidas entre seleções que eu tive a oportunidade de acompanhar, com os goleiros trabalhando bastante e ambas as equipes procurando o ataque, o gol. Apesar da boa atuação do time italiano, mal escalado por Donadoni, os holandeses mostraram sua força e enfiaram um três a zero - pergunta: 3 a o é goleada? - incontestável - mesmo com o gol ilegal de Ruud van, que abriu o placar. Foi apresentado o famoso Totaalvoetbal - futebol total em holandês, o velho carrossel - guardadas as devidas proporções: o toque de bola foi refinado, e os meias van der Vaart e Sneijder deram um show à parte com atuações de encher os olhos e passes precisos. Na renovada defesa, que ainda conta com Edwin van der Sar, os zagueiros mostraram segurança, com o camisa 4 Mathijsen em destaque, e o gigante Engelaar dando uma boa saída de bola no meio-campo e marcando muito bem. Resumindo, estou muito satisfeito em ver o futebol holandês apresentando esse estilo de jogo bonito e solto. Disparam como favoritos e tem minha torcida e meu apreço por seu futebol.
Fechando a primeira rodada ontem, tivemos Espanha e Suécia marcando três pontos em suas estreias pelo grupo D. O craque sueco demonstrou que veio para fazer a diferença no fraco elenco sueco, e comandou a equipe nos 2 a o sobre a atual campeã do torneio Grécia. E o destaque do grupo ficou com a goleada do excelente time da Espanha, que enfiou 4 a 1 sobre a Rússia. O começo da partida não reflete o resultado final, pois o time russo soube colocar a bola no chão e tocar bem ao estilo sul-americano; contudo, o time espanhol tem muito mais qualidade, com Cesc Fabregas assumindo a camisa 10 e não decepcionando, além das atuações sensacionais de Fernando Torres - que atuou apenas meio tempo - e do artilheiro da competição David Villa, protagonista da rodada com o hat trick. A estréia foi realmente muito boa - Raul nem fez falta - mas resta saber se a "síndrome de vira-latas" atacará novamente e eles sucumbirão no mata-mata.
Como o esperado, muitas emoções, mas acabou de começar. O torneio é tiro curto, mas muita coisa ainda está para acontecer e estamos na expectativa. Quem sabe festa em Amsterdã. (ou em Lisboa)
Vida simples e pensamento elevado.

domingo, 8 de junho de 2008

Fim de semana boleiro

Não foi só o tricolor que goleou na rodada do Brasileirão. Em Curitiba, o furacão instalou a crise no Goiás goleando por 5 a 0, mesmo resultado do bom time do Flamengo, liderando, sobre o Figueirense no Maracanã, com 3 de Marcinho e 2 de Souza. Caio Júnior dá continuidade ao bom trabalho desenvolvido por Joel Santana (difícil admitir, mas real) e conta com um bom plantel, pintando como um dos candidatos ao caneco. Outro favorito teve menos sorte, e o Palmeiras, prestes a vender jogadores para o mercado europeu, sofreu com as especulações em torno da saída de Luxemburgo, dessa vez ligado ao Lyon, e novamente foi derrotado pelo Sport na Ilha do Retiro: 2 a 0 leão com direito a declarações indignadas do goleiro Marcos após a pior partida do alvi-verde no ano. O vice-líder Cruzeiro venceu o Vasco no Mineirão e garantiu os três pontos mesmo não jogando bem e desperdiçando uma penalidade com Guilherme.
Ainda na parte de cima da tabela, o Náutico protagonizou o único 0 a 0 da rodada, contra o Ipatinga, e é seguido de perto pelo Grêmio, pontuando três após a boa vitória sobre o sortudo Fluminense em Porto Alegre, que viu sua outra equipe perder no Canindé por 3 a 1 - bom resultado para a Lusa. Fechando a rodada, Cuca estreou com derrota, 1 a 0 Vitória no Barradão e deixou o Santos na zona de rebaixamento - o que a essa altura não significa nada - enquanto no Engenhão o vira-lata Botafogo venceu o Coritiba por 2 a 1.
Estamos já rumo a sexta rodada, e a tabela vai ganhando os contornos que devem perdurar durante o campeonato, com alguns favoritos já brigando na ponta da tabela e outros buscando se consolidar. Força tricolor. porque é muito possível.
Lance da rodada: vem da série B um lance curioso. O folclórico Túlio "Maravilha" foi protagonista de um lance para ficar nos anais da história: depois de uma pataquada dos zagueiros do América de Natal, a bola sobrou limpinha para o artilheiro, em busca do milésimo gol, estufar as redes do Serra Dourada. Até então um lance normal, mas a declaração do matador no fim do jogo foi simplesmente impagável. Só vendo para crer. "Deixa pra mim!!!"
Vida simples e pensamento elevado.

Acabou... e agora é na grama

Duas semanas em Paris... mas tudo chega ao fim, e às vezes esse final não é muito feliz, pelo menos para um dos lados. Não há comentários a serem feitos sobre a partida da final masculina disputada nesse domingo na quadra Phillip Chartrier: Rafael Nadal massacrou Roger Federer, que como diria Paulo Cleto, foi um peru, morreu na véspera. Com parciais de 6/1, 6/3 e o inaceitável 6/0 no último set, o espanhol comprovou ser, ao menos por enquanto, imbatível na terra batida: Nadal não perdeu um set sequer no torneio e igualou o tetra consecutivo de Bjorn Borg no aberto francês.
O suíço está irreconhecível essa temporada, com apenas um título ganho até aqui - nenhum Grand Slam - e vem sentindo o cansaço mental e físico de jogar em altíssimo nível por tanto tempo. Além de Nadal, Djokovic está consolidado como grande tenista e aumenta a ameaça ao posto de número 1 da lenda. Mas, como escreveu Alexandre Cossenza, Roger não vem jogando bem, mas não vem jogando bem para os padrões Federer. Ninguém vai a uma final de Grand Slam jogando mal, e o talento de um dos melhores de todos tempos pode ajudá-lo a se recuperar, aproveitando o início da temporada de grama, seu piso preferido. Que ele descanse e se prepare, pois a disputa será dura.
Enquanto na chave masculina minha torcida foi frustrada, na feminina só alegria, e então, mais uma imagem da musa sérvia, um verdadeiro colírio contra a irritação causada pela poeira parisiense.

Lambanças e lembranças


Não há palavras para descrever o grande prêmio do Canadá. O belo circuito de Montreal foi palco de uma das corridas mais movimentadas dos últimos tempos: houve de tudo, de batidas e ultrapassagens sensacionais a Barrichello liderando uma parte da prova. O que se encaminhava para mais uma vitória tranquila de Lewis Hamilton, mudou com a parada de Adrian Sutil em local perigoso, que forçou a entrada do safety car e mudou a história da corrida. Os pilotos se dirigiram aos boxes, e o inglês praticou uma barbeiragem grossa, batendo na traseira de Haikkonen e tirando ambos da prova. A Ferrari mais uma vez se atrapalhou toda, e Felipe Massa foi bastante prejudicado, sendo obrigado a voltar aos boxes - já com bandeira verde - para reabastecer logo após ter parado em seguida de seu companheiro de equipe ainda com o safety car na pista.
Acidentes e incidentes à parte, e para alegria do mestre Stalone, o domingo foi mesmo da BMW: após ver a primeira vitória amadurecendo há algum tempo, a equipe alemã fez barba, cabelo e bigode com uma dobradinha e com a também primeira vitória do polonês Robert Kubica, piloto extremamente talentoso e agora líder do mundial.
Destaques para o campeão da GP2 no ano passado, Timo Glock, que terminou em quarto, para o pódio de Coulthard - terceiro - um ex-piloto em atividade e para a aula de pilotagem com o marrento bi-campeão Fernando Alonso tirando tudo de seu Renault não muito competitivo. Em contrapartida, os erros de equipe da Ferrari e as barbeiradas de Nelsinho enfeiaram a belíssima paisagem do circuito Gilles Villeneuve.

Ressureição

Foi incrível, melhor impossível! Com direito a golaço de artilheiro do zagueiro André Dias, o início da recuperação do atual bi-campeão brasileiro foi fulminante. Jogando no Cícero Pompeu de Toledo o tricolor aplicou um inapelável 5 a 1 no Atlético-MG e já ocupa a sétima posição na tabela. Contando com um Hernanes em tarde inspirada, o São Paulo voltou a apresentar seu bom futebol, de toque de bola e marcação pressão, e não deu chances ao adversário abrindo 3 a 0 logo aos 38 do primeiro tempo. O dia estava tão bom, que até mesmo o criticado Hugo voltou a apresentar o bom futebol desempenhado no Grêmio, e fez uma de suas melhores partidas no tricolor, coroando a atuação com dois gols. Outro que teve boa atuação foi Aloísio, centro-avante poderoso que, caso não enfrente tantas lesões com o decorrer da longa temporada, tem tudo para ser um dos destaques da equipe que luta pelo hexa. A janela de contratações na Europa está aberta, e após esse período de transferências muitos times podem sentir os possíveis desfalques e ficar com elencos muito reduzidos. Além da volta do bom futebol, esse pode ser um fator determinante para a caminhada do SPFC no Brasileirão. Estamos levantando a poeira e dando a volta por cima (já vi esse filme antes!), mas o nível de equilíbrio e o grande número de jogos do torneio faz com que previsões sejam difíceis e apontam muitos times favoritos ao título. Resta torcer.
Vida simples e pensamento elevado sempre.

Adendos:
- a primeira rodada ainda não foi concluída, mas a Euro apresentou boas partidas. Com um nível não muito maior que o dos jogos da última Copa - o que não é um bom sinal - nenhum resultado surpreendeu, e os portugas do meu amigo João Paulo aplicaram 2 a 0 na Turquia. República Tcheca e Alemanha, outros favoritos, também venceram, com a atuação da última, 2 a 0 na Polônia, sendo mais consistente que o 1 a 0 conquistado pelos tchecos sobre a Suíça. Amanhã tem o "grupo da morte", e vou me deleitar com Holanda e Itália, pelo menos assim espero.

sábado, 7 de junho de 2008

Já dizia Milton Leite: QUE BELEZA!!!!!!!!

Dunga fazendo história na seleção... não, esqueçam aquele título da Copa América. Agora ele fez história como o primeiro treinador a frente do Brasil que foi derrotado pela Venezuela, isso mesmo, a Venezuela de Hugo Chávez, defendendo o retrospecto de nunca ter vencido o escrete canarinho e com um saldo de -70 perante ao melhor futebol do mundo - será? Para mim, essa derrota para os viños tintos apenas confirma a que ponto chegamos com essa bagunça!
Compreendo o período de renovação que atravessa nosso esquadrão, contudo há sérios problemas de gestão a serem corrigidos: a perpetuação de Ricardo Teixeira à frente da CBF vem mostrando-se maléfica ao nosso esporte preferido. Os plenos poderes de Teixeira e sua gestão duvidosa vem demonstrando que mesmo um alto número de craques com talento imensurável não é mais suficiente no chamado futebol moderno: os amistosos marcados são contra adversários fracos e sem expressão e em locais insólitos apenas por motivos financeiros. Aposta-se em um "treinador" novato, que se atrapalha mais do que acerta e ainda acumula cargos. No cenário interno a coisa não é muito diferente, e os clubes brasileiros rebolam literalmente com suas dívidas monstruosas e sofrem com o assédio de clubes europeus a seus craques. indicação do Carioca = (Futebol e globalização, no blog do Juca)
Continuo na torcida e sempre continuarei, porque o amor pelo futebol fala sempre mais alto, afinal sou brasileiro e brasileiro ama futebol !

Adendos:
-
Aninha campeã! Sem chance para Dinara Safina em RG. A rainha do saibro e do ranking é mesmo a bela, e que BELA.... www.anaivanovic.com
- No masculino, vai ser duro. Nadal está indestrutível na terra, e Federer dependerá de uma força mental incrível para acuar o espanhol!! Que vença o melhor, e o melhor é o Federer!!! haha
- Seria falta de Ross Brown? A Ferrari está atrapalhando o desempenho dos pilotos.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Adendos e correções

- Ainda bem que Enílton, ex Palmeiras e Juventude, não me deixou acertar. Ele marcou nos momentos finais da primeira partida da final da Copa do Brasil, e manteve o Leão vivo na disputa pelo título e pela vaga na Libertadores 2009 com o resultado final de 3 a 1 para os gambás. Na Ilha do Retiro tem mais....
- Esqueci de colocar o site da Euro em português: http://pt.euro2008.uefa.com/
-O tricolor paulista mostra que essa história de crise não existe no Morumbi. O time sub-17 acaba de se consagrar bi-campeão mundial em Toledo na Espanha. O tricolor derrotou o Espanyol na final com dois gols de Henrique, e teve direito a vencer o todo poderoso Barça durante a competição. Essa é a força do São Paulo para o futuro e representa os resultados do bom trabalho desenvolvido em Cotia. (notícia)
- E o timeco do Dunga acaba de sofrer o segundo da Venezuela.... pelamordedeus!!!!!!!!!!!!!

Eis a nova número 1 (em tudo!)


Mudanças no ranking feminino, enquanto no circuito masculino por enquanto tudo inalterado. Nas semi-finais masculinas disputadas hoje Federer teve certa dificuldade para eliminar o supreendente tenista da casa Gael Monfils, que contou com um bom serviço - 10 aces na partida - para roubar um set do suíço. Contudo, faltou "camisa" para a zebra francesa, que sucumbiu por 3 sets a 1, parciais de 6/2, 5/7, 6/3 e 7/5 diante do monstro do tênis atual e líder absoluto do ranking mundial desde 02 de fevereiro de 2004. Do outro lado da chave, um resultado surpreendente, dada a facilidade com que Rafael Nadal - eterno número 2 e com seu posto ameaçado pelo sérvio - atropelou Novak Djokovic por 3 sets a 0, 6/4, 6/2 e 7/6(3). Mais uma vez os dois senhores da atualidade irão duelar em uma final de Grand Slam, no piso preferido do espanhol que atravessa um momento excepcional na terra batida e na carreira - sua força mental realmente está fazendo a diferença - mas que terá do outro lado da quadra quiçá o maior tenista de todos tempos e talvez o mais completo... basta vencer no saibro parisiense, e isso é possível!
Deixando o circuito masculino de lado, ontem tive a oportunidade de acompanhar as semi-finais femininas, e ela foram importantes para o ranking a ser divulgado na próxima segunda-feira: na era pós-Henin, a musa russa Maria Sharapova parecia reinar absoluta... bastou uma derrota em Roland Garros para o posto de número 1 trocar de mãos. A nova detentora da posição - em tênis e em beleza também - é a sérvia Ana Ivanovic, dona de uma beleza sensacional e de um serviço e uma direita potentes. No duelo contra a sua compatriota Jelena Jankovic, a bela Aninha oscilou em alguns instantes, mas nada que pudesse tirar seu foco, sua vaga na final e sua nova colocação no ranking. Na outra semi, outro duelo entre compatriotas, as russas Safina e Kuznetsova - primeira vez na história de um Grand Slam que as duas semis tem dois(uas) compatriotas. Safina (14 do mundo), a única fora do top 10 entre as quatro, demonstrou semelhanças com o irmão, tanto no talento quanto no psicológico, mas foi mais consistente e trocou muitas bolas para vencer a feiosa Svetlana, sempre número 3. Assim como no masculino, a final feminina tem uma favorita, mas tudo pode acontecer: Dinara tem apresentado um tênis sólido, mas Aninha tem demosntrado muito poder de concentração e lidado bem com a pressão. Ela é minha aposta, e a dona do meu coração.... hahahahahahahaha

Euro 2008

É amanhã! Vai começar a segunda competição mais importante entre seleções: a Eurocopa, que nessa edição será disputada em duas sedes, assim como a Copa do Mundo de 2002 disputada na Coréia e no Japão. Suíça e Áustria terão a honra de receber a "Copa do Mundo, sem Brasil e Argentina", já que todos os campeões da história das Copas foram europeus, excetuando os países já citados e o Uruguai. A organização até aqui se mostra impecável e promete um grande espetáculo. (Fotos)
Disputada desde 1960 e realizada a cada quatro anos, como o torneio mundial, a Euro 2008 promete fortes emoções, mesmo com a sentida ausência do english team, derrotado nas eliminatórias. Muito difícil apontar um favorito, visto que a Grécia (zebra) foi a última campeã em Portugal 2004, além do equilíbrio entre os participantes e a dificuldade imposta pelo sorteio já na primeira fase.
16 seleções defenderão a honra de suas pátrias divididos em quatro grupos de quatro times cada. O grupo A não foge à regra e apresenta muito equilíbrio: a dona da casa Suíça - eliminada nas oitavas da última Copa sem sofrer um gol sequer - pode aprontar, mas Portugal e República Tcheca pintam como favoritos, mesmo com os sempre perigosos turcos e seus jogadores rápidos na mesma chave. A outra sede, Áustria, encabeça o grupo B, que tem ainda a tricampeã e maior vencedora do torneio Alemanha, e mais Polônia e o bom time da Croácia - desfalcada do brasileiro Eduardo Silva, a maior ausência depois dos ingleses. Como em todo torneio importante, tem que ter o "grupo da morte", e esse título ficou por conta do grupo C, composto por Itália, Holanda, França e Romênia. Sem palavras para descrever o equilíbrio dessa chave, que nos proporcionará jogos incríveis ainda na primeira fase e só verá duas seleções avançarem para o mata-mata... promete!! Encerrando temos o grupo D, com Espanha - apontada por muitos como favorita e lutando contra a imagem de "vira-lata" - Suécia, Rússia e Grécia.
C.Ronaldo, Cech, Ballack, Totti, Toni, Robben, Van Persie, Henry, Ribèry, Fabregas, "El niño" Torres, Ibrahimovic... muitos serão os craques, dentro e fora de campo, e muitas também serão as emoções. Nos resta assistir e torcer para um bom trabalho dos 7 brasileiros competindo: seis jogadores - Deco e Pepe (POR), Roger Guerreiro (POL), Kuranyi (ALE) e Aurélio (TUR) - e O treinador Felipão!
Vida simples e pensamento elevado!!!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Eu me rendo

Tenho que dar meu braço a torcer... não, não me renderei a correria de Nadal perante ao assombro do talento da lenda Roger Federer, mesmo com a possibilidade do espanhol igualar o tetra de Borg na França e com a admiração de Paulo Cleto, apreciador da força mental do espanhol. Mas me rendi aos resultados INCONTESTÁVEIS de mais uma quarta boleira: não há o que dizer das atuações do time do Juca (me recuso a mencionar esse nome) e do time do Chico.
Começando pela Copa do Brasil, o Sport sofreu com um estigma difícil de reverter: a falta de camisa. O time pernambucano se assustou com o Morumbi lotado e sucumbiu frente aos gambás. O placar já diz como foi o jogo: 3 a 0, com um show de Herrera e uma ineficiência incrível do leão, que dominou o segundo tempo mas sem ameaçar, e abriu espaço para contra-ataques. Missão quase impossível na Ilha do Retiro semana que vem... pelo visto um time de segunda divisão será o primeiro a garantir vaga na Libertadores 2009.
Na Libertadores 2008, a boa e velha companheira do tricolor carioca esteve mais uma vez presente: a Dona Sorte, mas dessa vez ela veio acompanhada de muito talento. Outra vez o time carioca conseguiu marcar poucos minutos após sofrer o primeiro gol.... uma cabeçada do oportunista Palermo no segundo pau. Logo em seguida, Washington provou seu talento, e acertou uma cobrança de falta indefensável, uma pintura para empatar. No Maracanã lotado, e com outra atuação inacreditável do criticado Fernando Henrique - que vive, nas últimas semanas, os melhores dias de sua carreira - o Boca foi para cima e deu espaço para o contra-ataque, e Conca ampliou com o desvio da zaga. Dodô fechou a conta, e coroou a festa do pó de arroz.
Apesar de não contar com a minha torcida, os cariocas desbancaram o bicho -papão, e repetiram um feito do Santos mágico de Pelé, vingando a honra dos brasileiros perante o Boca... teve o lado bom, com o gostinho especial de chacotear argentinos! Chupa Maradona!!!!!

Contribuição do Aprendiz II - NBA

E começará o esperado duelo de titãs na final da NBA, juntos Boston Celtics e Los Angeles Lakers somam 48 títulos de conferência e 30 títulos da liga em 67 anos de torneio, podendo ser considerados os dois maiores times dos EUA. Com dois times afiadíssimos eles prometem fazer a melhor final desde os tempos do Bulls contra os grandes times de Utah e Phoenix. O duelo contará, em minha opinião, com os três melhores jogadores do mundo em suas posições na atualidade, Kobe Bryant de ala, Kevin Garnett o melhor ala-pivô e o espanhol Paul Gasol o pivô sendo esse o mais contestado. Essa será a primeira final dos últimos dez anos sem a presença dos eficientes Tim Duncan ou Shaquile O’neil, por isso é quase impossível prever o resultado de um duelo de tal grandeza, o time do Leste teve a melhor campanha da temporada regular, mas teve de fazer mais jogos nos playoffs para conquistar sua vaga na final chegando mais cansado para o duelo, foram 102 jogos contra 97 jogos do time de Los Angeles durante a temporada 2007/08. Outro fato que apimenta esse duelo é que o atual técnico do Lakers, Phil Jackson detentor de nove títulos da liga, sendo 6 pelo Bulls de Jordan e Cia e 3 pelo Lakers de O’neil e Bryant, se tornará o maior campeão da história da NBA caso leve seu time a essa conquista, ultrapassando o lendário técnico dos Celtics dos anos 50 e 60 Red Auerbach que teve recentemente seu nome pintado nos tacos da quadra do TD Banknorth Garden como forma de provocação para o time visitante. Para os adoradores de um bom basquete fiquem atentos, os jogos começam dia cinco (sexta-feira) e não se surpreendam se o resultado apenas for conhecido no sexto ou sétimo jogo da série confirmando a melhor temporada dos últimos anos.

Palpite: Lakers... sempre


Adendos: (do mestre)

- RG 2008: o triunvirato segue imbatível... Os top 3 do circuito Federer, Nadal e Djokovic estão confirmados nas semi-finais do aberto francês, e o duelo entre os número 2 e 3 vai pegar fogo: na torcida pela técnica de Nole, mas admitindo Nadal favorito para o torneio.

- Libertadores: está próximo de começar a partida que decidirá o adversário da LDU na final. Flu empolgado e jogando em casa, mas cuidado... Riquelme vem aí!!!!!!!!!!!!!

domingo, 1 de junho de 2008

Seleção "Brasileira"

Pífia... não encontro outra palavra para definir a atuação da seleção em Seattle (?). O fraco time do Canadá (?) tocou como quis a bola e teve muita facilidade para entrar na defesa brasileira, além de contar com uma mãozinha do goleiro Júlio César. As exceções na parida foram as boas atuações de Robinho e Luís Fabiano (matador!) e o retorno do Imperador com a camisa amarela.
Mas minhas preocupações vão muito além de um resultado apertado em um amistoso ridículo realizado longe da nossa pátria - o capitalismo que dominou o esporte não permite mais que a seleção brasileira atue em seu território -, elas se voltam para Pequim às vésperas dos Jogos Olímpicos: na busca pelo único título ainda não conquistado pelo escrete canarinho. Espero queimar minha língua vendo a medalha dourada no peito de Pato & CIA - mais uma vez o Brasil tem à disposição uma geração fantástica -, mas o projeto olímpico começa repetindo os mesmos erros de outrora: a acumulação de cargos do treinador (?) Dunga. Dividido entre a seleção principal disputando as eliminatórias e a seleção olímpica Dunga acaba se atrapalhando nas convocações e escalações, e tem dificuldade em definir para qual competição voltar sua atenção: faltando pouco mais de 60 dias para o início dos Jogos, o técnico teve ontem uma boa chance de convocar o time sub-23 para um teste, mas entre os 11 titulares apenas Diego tem idade para ir à China. Pode ser que ocorra uma derrota, já que outras equipes também contam com gerações prodigiosas, mas que pelo menos essa derrota não seja para nós mesmos... de novo. Força Brasil!

Adendos:
-
surpreendente a derrota de Davydenko para o croata Ljubicic em RG, assim como o bom desempenho até aqui do tenista clássico Radek Stepanek no saibro, que não é seu piso preferido.
-o que dizer de Ana Ivanovic.... além de jogar muito e ter um serviço incrivelmente potente, vai ser bonita assim pra lá....
- hoje começa o Brasileirão (pelo menos pra mim), e espero que com o pé direito..... VAMO TRICOLOR!