domingo, 28 de junho de 2009

Resumo da primeira semana - 21 a 28/06/2009


Transcorrida a primeira semana, poderíamos chamar Wimbledon de um Grand Slam como outro qualquer, com ocorrências típicas de um grande torneio: algumas zebras, e favoritos apenas treinando nas primeiras rodadas contra sparrings de menor ranking. Mas apenas relembrando, as partidas disputadas no All England Tennis Club nunca fizeram, não fazem e jamais farão parte de um torneio qualquer; o que acontece lá é mítico, mágico, insubstituível. O charme do saibro parisiense, o gigantismo da quadra central de Flushing Meadows ou a excentricidade do complexo de Melbourne contam muitos pontos para o ranking... mas a grama sagrada de Londres confere um status ímpar.
Buscando essa glória pela sexta vez em sua carreira, Roger Federer não levou sustos e avançou tranquilamente até as oitavas-de-final, que se iniciam nessa segunda-feira. A lenda irá reeditar a final de Roland Garros (como previsto) contra Soderling - é a quarta vez consecutiva que a final de RG se repete em Wimbledon, mas dessa vez a revanche ocorrerá nas oitavas, e não na final como nos anos anteriores. Karlovic, um possível adversário nas quartas é perigoso nesse piso, mas tudo aponta para uma semi entre Federer e Djokovic ou Haas - prováveis protagonistas da outro jogo das quartas. O sérvio não vem jogando seu melhor tênis, enquanto Haas foi protagonista da melhor partida até aqui: uma batalha de cinco sets contra o promissor croata Marin Cilic.
Do outro lado da chave, o surpreendente e chato Hewitt - que eliminou o cabeça de chave número 5 Juan Martin del Potro por 3 sets a 0 - enfrenta o clássico Stepanek, enquanto o sacador Roddick encara Berdych. Tudo leva a crer que veremos Murray na semi sendo apoiado pela torcida. O britânico enfrenta Wawrinka nas oitavas, e Ferrero ou Simon nas quartas. Resta saber se Hewitt ou Roddick tem força para parar o tenista da casa, atrás de um tabu que já dura mais de 70 anos, e uma séria ameaça para Federer em uma virtual final.
A hora das zebras já passou, e daqui para frente deve prevalecer o melhor tênis, o que aponta a tendência de um grande jogo na final, entre o maior de todos os tempos e o novo queridinho da torcida britânica. Será no mínimo intrigante ver Federer na quadra central, disputando uma final e sem o apoio da torcida, que terá toda sua atenção voltada para o escocês Andy Murray, detentor de um bom retrospecto contra o suíço e de toda a esperança dos "fanáticos" expectadores.
Roger rumo ao hexa, ou Andy à um feito histórico - quebra do tabu e primeiro Grand Slam da carreira? O tempo está prestes a dizer...




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