Lendas modernas

Pra bom leitor, pingo é letra. Ditados populares são sábios... sabedoria aliás, que é um ponto forte nos mais velhos, mais experientes. E foi isso que faltou a maior lenda da natação de todos os tempos. Ser o maior de todos ainda tão jovem, carregar tamanha RESPONSABILIDADE nos ombros tendo dedicado tantos de seus 23 anos a olhar para azuleijos e treinar, e treinar, e treinar, e treinar ainda mais. Não posso concordar, nem tampouco discordar, mas fica a frase: cada um com suas atitudes, seus princípios, mas sempre há uma consequência para nossos atos. Que ao menos ele se aposentem dignamente, como o campeão que é, nadando em Londres.
Vida simples e pensamento elevado!

Domingo épico - parte II

Não satisfeito apenas com grandes festas e jogos de tênis históricos, o meu domingo ainda tinha espaço para mais emoção: faltava assistir ao Super Bowl XLIII. E os fãs de futebol americano em todo o mundo não se decepcionaram e foram brindados com jogadas sensacionais.
O duelo entre o super campeão Pittsburgh Steelers, de Polamalu, Santonio Holmes - o nome do TD da vitória - e Big Ben Roethlisberger contra o Arizona Cardinals, o América da NFL segundo Trajano, apostando nos passes de Kurt Warner - responsável por 377 jardas e com um bom aproveitamento nos passes: 3 TDs e 31 passes completos entre 43 tentados - e nas corridas de Larry Fitzgerald, que anotou 121 jardas, 7 recepções e 2 TDs.
É óbvio que a maioria irá dizer que a jogada da partida ocorreu na última campanha ofensiva dos Steelers, que culminou com um passe espetacular de Big Ben para Holmes receber na end zone a apenas 35 segundos do final e virar o placar a favor dos amarelos, que haviam sofrido uma virada no terceiro quarto, com Warner inspirado nos passes. Mas para mim, o retorno de interceptação do número 92 James Harrison, que percorreu inacreditáveis 100 jardas para marcar mais seis pontos para Pittsburgh (foto). Anotado na galeria de recordes do Super Bowl.
Confesso que foi triste ver a decepção estampada nos rostos dos jogadores dos Cardinals, mas camisa pesa em qualquer decisão, e os Steelers mostraram força como maiores campeões da NFL.

Domingo épico - parte I

Ficou difícil. Imagens valem mais que palavras em alguns casos, e a reação de Roger Federer após mais uma derrota para Rafa Nadal sintetiza bem o que ocorreu. Foi o choro de um campeão que sabe ter feito tudo que estava ao seu alcance, e que mesmo esse esforço não foi suficiente para desbancar o espanhol. Uma partida épica, histórica, com altos e baixos e um repertório de jogadas inacreditáveis de ambos os jogadores, mas a única constatação que merece ser feita após a peleja é de que Nadal atravessa um momento fantástico, parece imbatível. Houve uma evolução impressionante do touro miúra, tanto física quanto técnica e taticamente, com um aumento expressivo na agressividade de seu jogo, cada vez mais profundo e sólido.
O bloqueio psicológico adquirido por Federer quando o espanhol está do outro lado da rede vai se tornando sério, ameaçando até as tentativas de quebras de recordes do suíço. No decorrer do torneio, ele impôs muito bem seu jogo aos seus adversários, como no massacre sobre del Potro, e estava extremamente vibrante, como na virada incrível sobre Berdych. Mas como eu sempre digo, números não mentem, e o que eles mostram agora é um domínio absoluto do atual número 1 do mundo.