sábado, 31 de janeiro de 2009

Australian Open 2009


Agora, oficialmente aberto o novo ano, vamos ao que interessa: o futuro. Enquanto o futebol brasileiro vive sua pré-temporada, começamos 2009 com um espetáculo esportivo: o Australian Open tem sido até aqui um evento sensacional, de um altíssimo nível de tênis. Algumas partidas e alguns jogadores decepcionaram, é verdade, mas tudo a que um Grand Slam tem direito ocorreu e ainda ocorrerá em Melbourne Park: de batalhas de cinco sets travadas sob uma inacreditável temperatura de 60 graus - quente! - a surpresas, afirmações e decepções.
A final masculina é O Jogo mais esperado em qualquer torneio, a lógica das últimas finais de GS, a treta entre a lenda e o touro espanhol - polaridade não vista desde a velha rivalidade entre Sampras e Agassi. Roger voltou a vibrar muito, e está com a confiança em alta depois de atropelar uma das decepções do A.O. , Juan Martín del Potro, com uma bicicleta, e massacrar o fraco Roddick nas semi-finais, Entretanto não vejo com bons olhos declarações dadas pelo suíço afirmando que preferia enfrentar Verdasco na final. Nadal está cada vez mais agressivo nos pisos rápidos, e parece indestrutível mentalmente; Federer tem de encará-lo de frente se quiser acrescentar mais um título na sua caçada aos recordes de Pete. Imperdível, fará parte da história independentemente do resultado.
À parte do domínio dos dois primeiros, a grata surpresa Verdasco fez tudo que o seu jogo permite, e uma semi-final de GS não pode ser ignorada. Parece que depois do corte que levou de Ana Ivanovic o espanhol resolveu jogar, e agora vai tentar se firmar entre os top 10, assim como Tsonga e Simon, que também fizeram um bom começo. Como nem tudo são flores, Murray e Djokovic levam o troféu abacaxi. Quando achei que o britânico se firmaria e até se candidataria à vaga de Novak no terceiro posto, ele volta a mostrar sua falta de maturidade, e terá de esperar. O sérvio não faz boas apresentações há algum tempo, e perdeu fôlego perante os líderes do ranking. Me parece aquele eterno cabeça de chave número 3, não vejo talento suficiente nele para o posto máximo.
Como de costume aposto em Roger, mais vibrante, contudo Nadal é sempre um problema para a lenda. Um jogaço, para desmentir um velho mito: na verdade o ano não começa depois do carnaval, ele começa na Rod Laver Arena.

Data base 31/12/2008


Não encerrei 2008 ainda. Para mim 2009 começa agora, portanto, um momento oportuno para fazer o balanço do ano passado. Claro que vou começar pela maior alegria de todas: o Hexa, ou Tri, tanto faz, do maior tricolor do mundo, dirigido pela nova lenda entre os treinadores brasileiros - e olha que a última dessas lendas também comandava a máquina, o saudoso Telê, mestre de Muriçoca. Deu a impressão de ter sido aos trancos e barrancos, com alguns momentos de instabilidade na temporada, mas 17 jogos de invencibilidade falam por si só, e até superam 11 pontos de diferença para o líder na virada para o segundo turno. Mais um título fantástico erguido pelas luvas do maior jogador da história do São Paulo Futebol Clube, que também acaba de revelar mais um craque, o novo camisa 10 Hernanes - como antevisto por esse que vos escreve.
Registrado aqui o título, concordemos que não há mais o que dizer, certos dados são incontestáveis e o tricolor mostra sua força, sempre favorito. Aos menos algum esporte, além da natação de Cielo, me não decepcionou nesse ano que passou com Massa quase lá e Federer destronado. Afinal, no esporte as únicas coisas que não mudam são a beleza da Aninha e a soberania do futebol e dos jogadores brasileiros.
Um 2009 melhor, mais feliz... aqueles votos clássicos de final de ano!