terça-feira, 4 de novembro de 2008

Vitória frustrante


Nada como a sensação proporcionada pela vitória, os batimentos cardíacos acelerados, o momento da comemoração, a explosão de hormônios no cérebro. Contudo, nem sempre uma vitória é suficiente, mesmo que ela tenha ocorrido de maneira incontestável a exemplo do que fez Felipe Massa esse domingo em Interlagos. Impossível deixar de lado a frustração com o resultado final do campeonato, mas esse episódio nos mostra que o amor ao esporte não depende exclusivamente do triunfo e suas consequências exuberantes, mas também está ligado a esses paradoxos que apenas estas imprevisíveis disputas proporcionam. Vencer é bom, muito bom, mas sem dúvida torcer pelo imprevisível até o apito ou bandeirada final é o que nos encanta e alimenta nosso fanatismo, mesmo que esse momento derradeiro nos mostre um resultado adverso.
O jejum de títulos brasileiros na F1 ainda não foi quebrado, mas a confiança em Felipe Massa consolidou-se após o fim da temporada 2008. Pode soar como derrotismo, mas muitos fatores não colaboraram para que o brasileiro se tornasse campeão mundial, como inúmeros erros de sua equipe (campeã de construtores) no decorrer do ano, entretanto, a postura mantida por ele dentro e fora da pistas minimizam essas barbeiragens da Ferrari. Além de uma aula de pilotagem em casa, sendo o mais rápido durante todo o fim de semana, com pole e vitória, Massa demonstrou ser um grande esportista também fora do cockpit : reconheceu que ele também errou ao longo do ano e não deu créditos à notícia de uma possível mãozinha de Timo Glock - sem condições de andar bem na pista molhada - para o mais jovem campeão Lewis Hamilton. O inglês foi burocrático e extremamente defensivo, mas racional perante à catástrofe ocorrida ano passado, e por muito pouco sua estratégia covarde não foi punida pelos deuses do esporte. A revelação da temporada Sebastian Vettel realizou uma linda ultrapassagem sobre o namorado da pussycat doll, e mostrou que veio para ficar e incomodar os grandes quando a chuva aparecer. Com essa ultrapassagem o título da temporada ficaria em São Paulo, na casa do filho do Titonho, mas esse sabor durou apenas duas voltas, quando faltavam meros quinhentos metros para o delírio da torcida que lotou o autódromo de expectadores e esperanças. Mas de repente Massa leva a mão ao capacete, acreditando tanto quanto toda a população brasileira que Timo Glock havia sido ultrapassado por Vettel e Hamilton na última curva antes da reta dos boxes. A enlouquecida comemoração é interrompida, a vitória ganha uma dimensão pequena, e as imagens nas arquibancadas são rostos frustrados. Triste.
Mas essa tristeza não deve durar muito, haja visto que o próprio Massa está menos abalado e de cabeça erguida, sabendo que fez tudo ao seu alcance, que deu tudo de si, e que a próxima temporada promete ainda mais. Revelações se consolidando, e Hamilton prevendo uma competição ainda mais acirrada. E como o combustível da paixão é a competitividade e a torcida, espero ansiosamente para o desembarque em Albert Park em 2009, onde começa outra jornada rumo a Interlagos com aquela velha esperança de um final feliz, afinal, ele merece e nós também!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Mutua Madrileña

Temporada indoor rápida pegando fogo na Europa. Enquanto no feminino Jankovic, a virgem do GS, arrebata mais um título destruindo as tenistas da casa que atravessaram sua chave no WTA de Moscou. Ganhando alguns pontos enquanto suas rivais estão jogando pouco nesse fim de temporada.
No masculino, os jogadores vão à casa de Nadal, mas não sei se ele estará tão em casa assim jogando no carpete madrilenho. Assim como Jankovic vive um bom final de ano, David Nalbandian tenta repetir os feitos no fim da temporada do ano passado e defender o título de Madrid, talvez o maior de sua carreira, visto que ele experimentou vencer Federer, Nadal e Djokovic na mesma semana. O argentino acaba de conquistar o ATP de Estocolmo, o que eu não sei se é bom por dar ritmo ao "gordinho" ou se o desgastou para tentar manter seu troféu durante essa semana.
Federer ameaçou não disputar o torneio, mas confirmou presença na última hora, talvez vislumbrando a possibilidade de terminar o ano como número 1. Mas mesmo sendo beneficiado por Djokovic cair do mesmo lado que Nadal na chave, o suíço terá uma missão espinhosa pela frente. Antes mesmo das quartas de final, ele poderá enfrentar tenistas do nível de Del Potro, Tsonga ou Nalbandian, além da chance de enfrentar Roddick ou Murray em uma possível semi-final. Do outro lado, a semi deverá ser disputada entre Rafa e Novak.
Resta saber como está a adaptação dos jogadores ao piso, e o saque será fundamental. Muita emoção, e mais que vagas na Masters Cup em jogo. Argentina em alta, mas prefiro as boleiras espanholas!

"Sem dúvida. Se puder, vou ajudar o Massa."


Muito se falou e muitas mudanças foram feitas para aumentar a emoção e as ultrapassagens na maior categoria do automobilismo, mas provavelmente o fato que tenha provocado a maior mudança na Fórmula 1 nos últimos anos foi a chegada de Fernando Alonso, com seu bicampeonato mundial que deu fim à fantástica hegemonia de Michael Schumacher. Talvez gênio seja adjetivo demais para o espanhol, mas seus feitos são consideráveis: vencer o campeonato por duas vezes consecutivas com o alemão ainda em atividade já o credenciaria como um grande piloto, mas depois dos desentendimentos na McLaren e da volta para Renault de Flavio Briatore (clique e veja como o dinheiro faz mágica!), o marrento provou definitivamente que entrará para a história da F1 ao levar um dos piores carros no começo da temporada para duas vitórias consecutivas, no extremamente técnico circuito de Cingapura, onde ele esbanjou categoria e no Japão nesse domingo. Não sei até que ponto a excelente capacidade dele em acertar carros tenha contribuído, mas a Renault demonstrou uma evolução muito boa no decorrer da temporada. Da falta de empatia ao vê-lo derrubar um ídolo e das declarações excessivamente marrentas que me faziam repudiá-lo, o espanhol me faz voltar atrás e reconhecer o tamanho de seu talento e de sua técnica. Se já não bastasse tantos atributos para me convencer, Alonso proferiu a frase título do post na coletiva após sua vitória e ressaltou sua enorme desavença com Lewis Hamilton ao dizer que prefere o brasileiro campeão e que até o ajudaria se houvesse uma chance. Agora vai! Quanto aos dois últimos resultados, mesmo considerando que muitos eventos atípicos ocorreram em ambas as corridas, não podemos desprezar que a tônica desse campeonato foi o equilíbrio e que nunca houve, pelo menos nos últimos dez anos, tantos candidatos à vitórias como agora, com a BMW buscando seu espaço entre as grandes, e revelações surgindo e se consolidando rapidamente como Vettel e Bourdais.
No GP do Japão, disputado no circuito de Monte Fuji, não faltou emoção, com muitas punições, algumas lambanças e uma recuperação incrível de Massa, que realizou ultrapassagens sensacionais no fim da corrida. Hamilton largou mal, e, comprovando o que tem sido dito pelos outros pilotos na imprensa europeia, foi agressivo demais e acabou punido por jogar Raikkonen para fora da pista na primeira curva. Massa também recebeu punição, por tocar em Hamilton, mas o brasileiro recuperou-se muito bem, enquanto o inglês terminou a corrida apenas no décimo segundo lugar. O piloto brasileiro conseguiu reduzir a diferença para apenas 5 pontos, beneficiado pela punição dada a Bourdais, que havia terminado em sétimo.
Duas corridas para sabermos quem levará o título, e Massa volta com tudo à disputa, tentando dar um título para o país desde Senna em 1991. Longe, muito longe de uma comparação entre os dois, mas a mera possibilidade do título mundial retornar ao Brasil me faz esquecer aquela genialidade que tanto falta ao piloto da Ferrari. Próximo encontro na China, com a promessa de muita agressividade, muitas curvas divididas e tomara que muitos pontos para Felipe.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Girls, set and match


Não é só no slogan acima que o WTA de Stuttgart, o Porsche Tennis Grand Prix, mandou muito bem. Desde o local onde as partidas são disputadas, a Porsche-Arena, até a premiação, US$ 98.500 e um Porsche 911 Carrera 4S Cabriolet, os alemães estão impecáveis na organização.
As principais jogadoras do circuito estão presentes, o que não é garantia de um bom tênis. A nova número 1 Jankovic, virgem em GS, e a ex Serena, ao lado de sua irmã, iniciaram a disputa pelo título, sendo que a irmã mais nova já foi derrotada - incríveis 2 seta a 1 para a chinesa Na Li depois de um 6/o da americana na primeira parcial. Entre as outras "grandes" tenistas - ou seria melhor escrever melhoresranqueadas? - que ainda tem chances estão Dementieva (gata hein?) e Safina. A russa tem uma chave complicada, enfrentando Venus nas quartas para possivelmente encarar Jankovic na semi. Mas pelo visto a confiança anda em alta, já que ela prometeu o prêmio principal do torneio - o carro lógico - para seu treinador caso ela se sagre campeã.
No masculino, onde é nível anda bem mais elevado, aliás elevado até demais para o resto da galera que não frequenta o top 10, começa a temporada fria, como diria Fininho. Torneios indoor no carpete, o pesadelo para Nadal (será?) e sua trupe da terra batida. Fim de temporada, mas ainda alguns pontos na disputa e duas vagas em aberto para o Masters. Ainda vai dar jogo!

terça-feira, 30 de setembro de 2008

2008 de tênis, mas em 2014 é de chuteira


Calcem seus tênis, e peguem a bola um pouco menor, quicando menos. São cinco para cada lado. Começa hoje, mais precisamente daqui a poucos instantes, organizada pela FIFA, a sexta edição da Copa do Mundo de Futsal, disputada simultaneamente no Rio de Janeiro, Maracanãzinho, e na capital federal, no novíssimo ginásio Nilson Nélson. Pela primeira vez o torneio com um total de vinte equipes participantes, quatro a mais em relação ao último mundial disputado em Taipei no ano de 2004 - o segundo consecutivo vencido pelos espanhóis, uma das principais ameaças ao nosso título, juntamente com a Rússia.
Assim como na última edição do mundial de campo, uma das tônicas desse torneio é a grande quantidade de atletas naturalizados, o que gerou números surpreendentes: há mais brasileiros tentando tirar o título de nossa seleção do que a defendendo; a Itália contribui bastante para esse dado, visto que não há sequer um italiano nos 14 convocados - todos são brasileiros, assim como três jogadores da Espanha, dois da Rússia e um dos Estados Unidos, além dos técnicos de China e Japão. Mundo globalizado!
Mas falando dos 14 que realmente interessam, vejo uma pressão muito grande sobre craques como Falcão e sobre o grupo, mas não há melhor hora para crescer sob pressão do que em uma Copa do Mundo disputada em casa. A torcida será exigente, como é do feitio da torcida brasileira, mas também apoiará incondicionalmente com a paixão que lhe é peculiar se o time corresponder apresentando um bom futebol. A Espanha vem para buscar o tri consecutivo, e muitas farpas são trocadas em decorrência da eficiência contra a mágica (já vi esse filme antes). Nem precisa falar de qual delas eu sou a favor, afinal eu e o Falcão somos brasileiros, e nesse mundial espero que ele prove que mágica pode ser muito superior quando comparada à eficiência por si só!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Voe como uma borboleta, mas pique como uma abelha


Últimas chamadas para a Masters Cup em Xangai. Quem quiser se tornar um guerreiro de Terracota, terá poucos torneios para conseguir a vaga. Restam apenas os Masters Series de Madrid e Paris, e quatro vagas em disputa: o triunvirato e Murray já garantiram vaga.
Com o título recém conquistado em Pequim, Roddick, novo sexto colocado na Corrida, está muito próximo de garantir a vaga, assim como Davydenko. Já as outras duas vagas possuem dez candidatos, desde o agora sétimo David Ferrer até o russo Igor Andreev, décimo sexto, passando por nomes como James Blake e Juan Martin del Potro. Outro destaque entre os que almejam uma vaga em Xangai, é Jo-Wilfried Tsonga "Ali". O jovem tenista, que dominava o circuito de juniores quando passou a enfrentar lesões consecutivas, voltou muito bem em sua primeira temporada completa no circuito profissional, e se vingou de Djokovic na final do torneio de Bangcoc - o sérvio derrotou Tsonga na final do Australian Open. O francês agora mostra muita confiança em seu jogo sólido, e após o seu primeiro título disse empolgado que pretende se tornar imbatível. Um pouco exagerado, mas com alguma verdade, afinal, confiança é fundamental no tênis, sem esquecer que quando falamos de Roger e Rafa confiança apenas não basta.
No feminino, mesmo errando como se costume, Jankovic faturou o título de Pequim e se aproximou da líder do ranking Serena. Acompanhando as idéias do mentor Paulo Cleto, não estou entusiasmado com a possibilidade de Jelena assumir a ponta do ranking: ela nunca ganhou um GS, e chegar ao topo do mundo sem um título grande sequer não é lá muito justo.
No cenário nacional, apesar da acachapante derrota para a Croácia na Davis - cuja final será disputada no carpete arrgentino, evitando o confronto contra Nadal no saibro - Fernando Meligeni se anima ao cosntatar dois tenistas no top 100 do ranking de entradas: Marcos Daniel (61) e Thomaz Bellucci (81). Pra mim sem muito significado. Saudades do gênio! Volta Guga!

Seca pimenteira


Mais pé-frio que o Milton Neves! É assim que eu me sinto no momento. Nem sequer vou comentar a excelente rodada do melhor Brasileirão da era dos pontos corridos, com cinco equipes disputando o título e com o Palmeiras pela primeira vez na liderança (vamos falar deles né, já que eu ando secando tudo). Também não vou opinar sobre a Copa do Mundo que começa amanha, já que os bicampeões espanhóis (to na "torcida" por eles) sempre ameaçam a trupe de Falcão e eu não quero mais essa responsabilidade.
Agora, pior que o ano de Roger Federer no tênis, foi apenas quando realmente comecei a acreditar no título de Felipe Massa na Fórmula 1; sua equipe falha pela sexta vez na temporada e compromete a corrida e a classificação do brasileiro no campeonato. Enquanto o vice-líder, agora sete pontos de Hamilton, deu um show de pilotagem no fim de semana, com direito a pole, a Ferrari fez o mais difícil: viu falhar o pirulito eletrônico e a mangueira de combustível ficar presa ao carro. O resultado da lambança foi a perda da liderança no mundial de construtores e o décimo terceiro lugar na corrida, vencida com maestria pela técnica inesgotável do marrento Fernando Alonso, passeando pelo esplendor da iluminação de Cingapura em sua carruagem francesa. Triste, mas não pode ser apenas o acaso. Ele não se repete tantas vezes a não ser que esteja acompanhado pela incompetência.
Ainda é possível, para o Massa e para o seu tricolor... mas é melhor eu não mencionar isso, já que eu sou pé-frio! Credo!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

The dark side


Pra todos aqueles que acham que a Fórmula Indy é a fórmula da emoção, só um aperitivo da corrida histórica de domingo!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Enquanto isso, no Velho Mundo


Depois de muita especulação, de muito falatório e de muito vai-e-vem, finalmente teremos futebol no Velho Continente. Desde a abertura das negociações, o mercado europeu mostrou-se extremamente aquecido, com transações em cifras extraordinárias e com direito a bilionários excêntricos adquirindo equipes. Mais uma vez o futebol brasileiro sentiu a debandada de jogadores para o futebol mais rico do planeta, desfalcando as principais equipes do nosso futebol e piorando um pouco mais o nível das partidas do Brasileirão.
Voltando às quatro linhas, hoje tem início a principal competição internacional interclubes, a UEFA Champions League. Contando com as maiores e mais ricas equipes do Mundo, a Champions é a competição de mata-mata mais difícil da atualidade - mesmo sendo sempre complicado jogar fora de casa na Libertadores, o nível dos elencos das equipes europeias é muito mais elevado. Vide a seleção brasileira, com suas principais estrelas jogando na Premier League, na Série A ou na Primeira Liga e prometendo show em embates que prometem ser emocionantes. Muitos craques, muitos jogaços e muitos gols, assim esperamos.

Grupo A: Chelsea, Roma, Bordeaux e Cluj
Uma barbada. Tirando os dois duelos brasucas entre Felipão e a legião brasileira na Roma, não devemos ter surpresas aqui. Muita superioridade quando falamos de Inglaterra e Itália em comparação com França e Dinamarca. Isso sem contar que essa temporada é Felipão na cabeça. Favorito!
Grupo B: Inter, Werder Bremen, Panathinaikos e Anorthosis (Chipre?)
Mourinho e suas contratações prometem acabar com a fama de time pipoqueiro e levar a Inter ao título continental, além de buscar o tetra no nacional. A outra vaga deve ser dos alemães, mas os gregos correm por fora com Gilberto Silva e Souza.
Grupo C: Barcelona, Sporting, Basel e Shakthar Donetsk
O renovado Barcelona arma seu esquadrão em torno de Messi, que vive uma fase ímpar, e conta com a lenda Henry. Contratou bem, e vai se classificar com tranquilidade. Sporting e Shakthar estão no mesmo nível, e a briga pelo segundo lugar vai esquentar.
Grupo D: Liverpool, PSV, Olympique de Marselha e Atlético de Madrid
Os ingleses são sempre copeiros, independente do elenco, e a vaga virá, talvez até o título, nunca se sabe. Os espanhóis retornam à competição depois de um longo jejum, e tem um bom elenco que pode classificá-los para os oitavas. O PSV corre por fora, mas também tem boas chances ganhando pontos em casa.
Grupo E: Manchester United, Villareal, Celtic e Aalborg
Red Devils garantidos, com Berbatov prometendo muitos gols ao lado de Anderson. Jogar no Celtic Park e no El Madrigal é sempre difícil, mas Marcos Senna garantiu que os submarinos amarelos avancem.
Grupo F:Lyon, Bayer de Munique, Steua Bucareste e Fiorentina
O Bayer conseguiu reconquistar a Alemanha com seu supertime, e volta a Champions para mostrar sua força. O Lyon sempre esbarra nos grandes, mas terá de tomar cuidado com o bom time da Fiorentina. Segundo lugar em jogo. Grupo G: Arsenal, Porto, Fenerbahçe e Dínamo de Kiev
Na minha opinião o grupo da morte. Arsenal como favorito, e os outros três times em iguais condições de brigar pela vaga. Alinhando-se com a tônica do torneio, será muito dificíl somar pontos fora de casa. Grupo H: Real Madrid, Juventus, Zenit e BATE Borisov
Nunca se sabe se os russos irão surpreender, pois eles apresentam um futebol muito interessante. Mas se tudo correr normalmente, os poderosos Real e Juventus avançam.

domingo, 14 de setembro de 2008

Agora assim o destaque


Se sob o dilúvio no treino classificatório eu tinha prestado mais atenção no mau desempenho das grandes do que na pole de Sebastian Vettel com sua STR, nesse domingo ele provou que eu estava enganado ao se tornar o mais jovem vencedor de uma corrida de F1. Dominando de ponta a ponta e sendo muito bem aconselhado pelo saudoso Gerhard Berger, vencedor em Monza há exatos 20 anos, a revelação alemã mostrou muito potencial com apenas 21 anos.
A chuva prosseguiu no domingo, e a largada foi realizada com safety car na pista até a segunda volta. Alonso mostrou seu talento no piso molhado e conduziu muito bem seu péssimo carro ao quarto lugar, com Kubica em terceiro depois de uma reação fantástica e Kovalainen em segundo, salvando a imagem das equipes grandes no fim de semana. Mas sem dúvida o show da corrida ficou por conta de Lewis Hamilton, que saiu da décima quinta posição para o sétimo lugar, uma posição atrás do apagado Felipe Massa. Com o resultado o britânico manteve a liderança no mundial de pilotos, entretanto a vantagem agora caiu para apenas um ponto. 28 de Setembro teremos novo encontro, no circuito de rua de Cingapura à noite. Vistam seus smokings, porque pelo visto teremos uma noite de gala com Massa liderando.

Hernanes craque


O tricolor fez as pazes com a vitória no Morumbi reafirmando a freguesia dos rubro-negros em campeonatos brasileiros - são 14 vitórias do São Paulo contra 9 do Fla - e ganhou uma posição na tabela além de diminuir a diferença para o líder Grêmio para "apenas" sete pontos. O jogo foi bem aberto, muito dinâmico e com chances para ambos os lados, mas o time da casa dominou a maior parte do tempo com as boas atuações de Zé Luís pela ala direita, nas costas de Juan, e de Dagoberto balançando as redes. Mas não tenho muitas esperanças no título... eu ainda acredito, mas a vaga para a Libertadores será do meu contento.
Mas não quero falar da tabela, nem do título, nem da campanha do tricolor; quero falar da atuação de Anderson Hernanes de Carvalho Andrade Lima, o craque do tricolor na temporada. O coringa é a peça chave no meio-campo do time, e reúne qualidades que poucos jogadores na posição possuem: uma chegada muito boa na frente, bons dribles e chutes fortes, com as duas pernas, além de um vigor físico fantástico. Como gostam muitos jornalistas, o jogador moderno. O Brasil está mais uma vez com uma geração de jogadores com um potencial extraordinário; o que dizer do time olímpico afundado pelo brincalhão Dunga que contava no elenco com as jovens revelações/promessas/realidades Pato, Lucas, Anderson, Breno, Hernanes (grande contribuição do tricolor, resultado do bom trabalho em Cotia). Temos de tomar cuidado, pois o início dessa geração está sendo desperdiçado pela falta de comando sério, desde o banco de reservas até a cadeira da presidência da entidade. Abre o olho Brasil!

sábado, 13 de setembro de 2008

Salvando o ano


2008 não se mostrou um bom ano para o torcedor Guilherme: o tricolor não está nada bem no brasileiro depois de decepcionar na Libertadores; os Jogos Olímpicos, mesmo com todo o sucesso da organização e com tantos recordes quebrados foi um desastre para a delegação verde e amarela (do Brasil, porque o verde e amarelo jamaicano brilhou e correu como nunca); a lenda Roger Federer esteve muito abaixo do seu potencial no decorrer da temporada e mesmo com o massacre sobre Murray na final do US Open e com o recorde de Sampras se aproximando (só falta 1 GS) a diferença para o espanhol no ranking de entradas só aumenta.
Para coroar esse ano de tragédias, no GP da Hungria Felipe Massa liderava quando seu motor explodiu a três voltas do fim: seria mais um desastre? Até o momento não, porque pelo menos em alguma modalidade a sorte tem que sorrir para os meus preferidos, e ela vem abrindo um largo sorriso para o brasileiro em seu bólido vermelho: na corrida mais emocionante do ano, sob chuva nas cinco voltas finais, Massa era terceiro e simplesmente conduzia seu brinquedo no sabão de Spa-Francorchamps (no circuito mais bonito da temporada depois das mudanças em Hockenheim) quando a batalha pela liderança entre Raikkonen - que acabou batendo e estragando um fim de semana impecável até então - e Hamilton terminou com uma punição de 25 segundos ao afoito piloto britânico, que viu sua vitória ir por água por abaixo assim como sua vantagem no mundial de pilotos , que agora é de apenas 2 pontos.
E parece que a maré de sorte do brasileiro não parou por aí: saindo da Eau Rouge para a Parabólica, na casa da Scuderia Ferrari, um treino de classificação disputado sob um enorme dilúvio premiou a boa semana do talentoso Sebastian Vettel, primeira pole na curta carreira de 22 corridas com apenas 21 anos. Contudo, o destaque do sábado em Monza não foi a jovem revelação alemã, nem tampouco a presença de Schummy no pit lane, mas a dificuldade das equipes de ponta em acertar os carros para o temporal: Raikkonen em 14º e Hamilton em 15º nem sequer disputaram a última parte do treino, enquanto Massa fez um excelente 6º tempo, uma terceira fila sensacional dadas as circunstâncias. Tudo indica que amanhã a chuva não dará trégua, o que é prenúncio de outra grande corrida, apesar das altas velocidades do circuito italiano serem melhor exploradas com pista seca.
Com ou sem chuva, esta é a grande chance de Massa, que terá o apoio dos fanáticos tifozzi e a vantagem de ver seu principal adversário largando na oitava fila. Tem que ser agora, FORZA FERRARI, vamos pro título!!!

Adendo: fantástico o desempenho brasileiro nas Paraolimpíadas: as 31 medalhas conquistadas até aqui, sendo 12 de ouro, demosntram que existe incentivo para o esporte no Brasil, ainda que de maneira um tanto precária. Pena que esse reflexo só apareceu agora, com nossos deficientes dando um exemplo de superação. Poderia ter sido assim na Olímpiada, mas, paciência. Em Londres tem mais, ou talvez menos...

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Unânime, mas sem unanimidade


Não é o mais querido, tampouco o preferido pela maioria do público que acompanha e nem de longe o mais tradicional, mas sem dúvida alguma o charme das sessões noturnas no Arthur Ashe Stadium - o maior estádio de tênis do mundo, megalomania norte-americana - e a polpuda premiação fazem do U.S. Open o maior Grand Slam da atualidade. Um show de organização, de transmissão e de lucros.
Bastidores e preferências à parte, dentro de quadra acompanhamos ótimas partidas, com revelações na chave masculina e as "mesmas zebras de sempre" no feminino. As senhoritas que lideram o ranking da WTA dão um show de inconsistência e de erros infantis: duplas falta em abundância, muitos problemas físicos e as favoritas sempre tropeçando pelo caminho. Na quadra dura não deu para Aninha esse ano, e Sharapova sequer apareceu, com seu ombro ainda lesionado - faltou beleza esse ano. Jankovic e suas pernas avançam aos trancos e barrancos com suas lesões, e Dementieva e Safina confirmam que atravessam boa fase no ano. Mas a partida mais esperada é o duelo das irmãs Williams válido pelas quartas: o estádio estará lotado para ver a batalha de pancadarias e saques. Digno da Broadway.
Se na chave feminina a torcida americana vibra com a peleja familiar, na masculina os prognósticos não são animadores: mesmo com Del Potro em ótima forma, vindo de quatro títulos consecutivos, e com Cilic dando trabalho, ainda não há tenistas capazes de ameaçar o triunvirato.
Roddick enfrenta Djokovic, com seu tênis que não encanta mas é muito sólido e dá resultado nos tempos modernos, enquanto o outro tenista da casa Mardy Fish tem Nadal pela frente. Poucas chances para ambos, enquanto Federer parece ter um caminho tranquilo até a semi: mesmo sem confiança e em má fase, o suíço é sempre Roger, sempre uma ameaça, mas pela primeira vez ele saberá como é encarar Novak em uma semi-final e como é ver Nadal como o homem a ser batido. Murray vem crescendo e tentando consolidar seu tênis, mas ainda é uma promessa.
Flushing Meadows não coroa qualquer um, e esse ano não vai ser diferente, pra ganhar vai ter que jogar, afinal ser o rei de NY é um bom prêmio.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008


Assim como o mito Roger Federer vem reconhecendo, ou pelo menos aceitando, o novo domínio de Rafael Nadal, com o ouro olímpico no peito e o número um associado a seu nome no ranking da ATP com larga folga, a lenda Mark Spitz passa o bastão para o fenômeno Michael Phelps e suas oito glórias. Michael Johnson também se diz espantado com o desempenho de seu sucessor Usain Bolt, o outro fantástico dos Jogos, que dessa vez não brincou, mas sobrou e aniquilou o recorde dos 200 metros rasos que já durava desde 1996, além de se tornar o único a vencer as duas provas mais rápidas dos Jogos em uma mesma edição desde Carl Lewis. Uma Olimpíada sensacional, com seus super-heróis e suas marcas que dificilmente serão batidas nos próximos anos.
Mas nem tudo são flores em Pequim, mesmo com o heróico e inédito bronze das lindas velejadoras brasileiras ,com as boas chances no hipismo com ele, "o cara", Rodrigo Pessoa e com o futebol feminino encantando. No futebol masculino ocorreu o inaceitável, o pior possível, a catástrofe: o sonho do ouro terminou pelos pés de nosso piores inimigos, que tiveram todo o direito de debochar de nosso "treinador" e sua postura medrosa, covarde, retranqueira. O que dizer do futebol arte, melhor escola do mundo, terra do drible, da Marta, do gol, do atacante, jogando com um único homem de frente, que sequer era Alexandre Pato. Mais uma demonstração do tratamento sério dado ao esporte no nosso país, que ultimamente nem seleções de futebol com o mínimo de planejamento e seriedade consegue montar. ACORDA BRASIL!! e nem precisava, mas não pode passar em branco: FORA DUNGA!!!!!!!!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Histórico


Peguem papel e caneta, pois estamos vendo a história do esporte ser escrita diante de nossos olhos: nomes como Michael Phelps, Usain Bolt e Isinbayeva eternizaram seus nome nas comeptições em solo chinês. Não há o que dizer sobre Phelps, simplesmente o maior atleta olímpico de todos os tempos e o maior ganhador de medalhas de ouro em uma única edição, superando seu compatriota Mark Spitz (sete ouros nos Jogos de Munique, em 1972). Assombro parecido provocou o jamaicano Usain Bolt, que literalmente brincou na pista do Ninho de Pássaro, e passou facilmente pelas eliminatórias para destruir o recorde mundial dos 100 metros rasos na final: mesmo abrindo os braços e comemorando antes da hora ele cravou incríveis 6.69 segundos para se tornar o brincalhão mais rápido do mundo. Essa máquina ainda disputa a final dos 200, que, segundo o próprio, é sua prova preferida. Marrento!
Também no Ninho, a bela e a fera se fundiram, e a russa Yelena Insibayeva mostrou porque é a franca favorita, e não só conquistou o ouro facilmente, iniciando a disputa já com o sarrafo a 4,70 metros, e saltando apenas mais duas vezes para sacramentar a vitória, como quebrou o recorde mundial pela vigésima quarta vez consecutiva saltando 5.05. Linda e competente, até parece a Aninha!
Mas enquanto surgem nomes de heróis possivelmente eternos, assistimos os fracassos brasileiros decepcionados. Houve momentos épicos é verdade, como Marta, Cristiane & Cia arrasando as alemãs na semi-final e o grande César Cielo Filho sobrando nos 50 livre e com o bronze nos 100, e ainda há esperanças de algumas medalhas, como no vôlei, no futebol, na vela e no hipismo, mas o azar ronda a delegação brasileira no Oriente. Esportes que prometiam medalhas certas, como judô, ginástica e salto com vara decepcionaram, ou simplesmente não estavam em um bom dia. O material de trabalho de nossa saltadora desaparece, o melhor ginasta do mundo cai de bunda, a melhor do ranking no solo vai mal, e a Jade lindinha ainda não amadureceu o suficiente. No judô, três bronzes, mas o favoritismo de João Derly e Tiago Camilo diminuiu um pouco o brilho do terceiro lugar. Difícil repetir o desempenho em Atenas, mas, já que nem os americanos estão conseguindo, não deveríamos nos preocupar tanto assim... ou talvez deveríamos? Vemos em Pequim o reflexo do abandono do esporte nacional em contrapartida com a perfeição da organização chinesa, fantástica dentro e fora da competição. Ninguém segura!

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Falar o que?



Inesquecível. Os Jogos Olímpicos de Pequim começaram de maneira extraordinária, com uma cerimonia de abertura nunca vista antes em qualquer evento realizado pela humanidade; depois do que assisti hoje passo a concordar com Confúcio: os chineses atingiram a perfeição, sequer precisam trocar conhecimentos com outras culturas, tão recentes como a nossa se comparada aosmilênios de descobertas chinesas - mestres da navegação, inventores da pólvora, do papel, da pipa e da bússola. A disciplina oriental impressionou, com uma sincronia e uma evolução inacreditáveis, assim como os efeitos visuais utilizados pelo cineastaYimou Zhang, diretor do show. Não houve uma falha sequer, não há o que dizer nem tampouco defeito a apontar... Faltam adjetivos.
As perspectivas para a delegação brasileira - a maior de todos os tempos - não empolgam muito: os esportes candidatos a medalhas são aqueles que já sabemos, e dificilmente ocorrerá algo diferente, mas melhorar o desempenho de Atenas já seria um bom avanço, dado que houve um bom aumento nos investimentos emesportes olímpicos em decorrência do PAN do Rio.
Alguns esportes chamam mais atenção, como o tênis, que contará 400 pontos para o ranking mundial (no momento, muito valiosos para o novo número 2), a natação, com Michael Phelps buscando recordes - e contando com a torcida de Ian Torphe - além de muitos brasileiros no páreo, como kaio Márcio, César Ciello e Thiago Pereira. O futebol se apresenta muito nivelado, tanto no masculino quanto no feminino, mas as chances são muito boas, temos Marta e um quaseRonaldinho. No vôlei masculino há uma crise no ar, mas tudo deve correr bem e uma medalha é certa.
Muitas horas de esporte, os olhos de todo o mundo voltados para os gigantes chineses e a expectativa de muitas medalhas e da disputa sino-americana. A organização sedemosntra muito boa, e essa deve ser a tônica até o final. Força Brasil!!!!
E mesmo com todos os efeitos, coreografias e figurinos, a imagem mais bela da abertura foi sem dúvida a linda Aninha!!! O maravilha!!!!
Vida simples e pensamento elevado, em Pequim... ou Beijing? Não sei, afinal sou um ignorante em matéria de Oriente, assim como todos do Canal de Suez para cá.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Rogério incansável


1500 gols marcados em campeonatos nacionais. Essa foi a marca atingida pelo São Paulo nesse domingo no Cícero Pompeu de Toledo contra o Botafogo, e quem mais poderia ser o autor desse gol senão ele, o derrubador de recordes, o aniquilador de marcas, o maior ídolo da história do tricolor ROGÉRIO CENI. O camisa 1 cobrou o pênalti sofrido pelo garoto Alex Cazumba - que estreou muito bem como titular do time profissional, demonstrando muita personalidade em uma partida quase impecável - com a costumeira categoria, no ângulo e sem chances para Castillo. A partida foi duríssima para o tricolor, que sofreu o empate no chute de Carlos Alberto desviando na zaga, mas Dagoberto apareceu livre aos 43 para escorar a finalização de Jorge Wagner (líder de passes errados na partida, totalizando 7) e decretar a vitória de número 437 do São Paulo em brasileiros e a terceira seguida nessa temporada. Além do bom resultado em casa, o tricolor ainda foi auxiliado por mais uma derrota do líder Flamengo, 1 a 0 para o Vitória em pleno Maracanã, e pelos tropeços fora de casa de Cruzeiro e Palmeiras, concorrentes diretos ao título. A disputa esquentou, e o tricolor já está a três pontos do líder e a dois do vice-líder. Promete!
Na outra ponta da tabela, a briga também esquentou já que os 6 últimos colocados venceram suas partidas, com destaque para a grande virada do "Galo mais lindo do mundo" sobre o Coritiba após estar perdendo por 2 a 0 e para a primeira vitória de Cuca no Santos, mesmo com muito sofrimento e algumas lambanças da arbitragem.
O campeonato vai ficando dramático e a chegada dos Jogos Olímpicos irá desfalcar algumas equipes. Com um terço da competição já disputada, a tabela vai ganhando seus contornos, e os times que pretendem brigar pelo título não podem tropeçar: que vença o melhor, visto que isso geralmente acontece em torneios de pontos corridos! FORÇA TRICOLOR!

Adendos: - a Ferrari não se cansa de errar, e o carro não vem correspondendo. Felipe Massa sofreu para segurá-lo na pista e nada pode fazer contra a estabilidade da Mclaren nas curvas de baixa. Destaque para a sorte de Piquetzinho, segundo colocado aproveitando o safety car na pista, e para o equilíbrio na classificação do mundial de pilotos, agora liderado por Hamilton (já vi esse filme antes!) mas ainda totalmente em aberto. Acredito em Felipe Massa, tenho que acreditar, afinal "brasileiro não desiste nunca!"

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Vida nova (aqui e lá fora)


Comincia una nuova vita. É com essa manchete que o jornal italiano Gazzetta dello Sport anuncia a chegada de Ronaldinho Gaúcho ao Milan, após um longo período de especulações em torno do futuro do craque, também pretendido pelo Manchester City. Mesmo com a proposta do clube inglês sendo superior aos € 21 milhões (equivalente a R$ 53,2 mi) oferecidos pelo clube italiano, a grandeza do rubro-negro falou mais alto e o craque assinou contrato até 2011 para disputar o Calcio ao lado de Kaká, Pato e CIA. Na apresentação em Milanello essa manhã, cerca de quatro mil torcedores rossoneros aguardavam a chegada do astro aos gritos de "Ronaldinho uno di noi".
Euforia de torcedores e imprensa à parte, essa transferência representa muito mais que um simples negócio entre dois grandes clubes do Velho Mundo, ela representa a possibilidade de um recomeço para um de nossos maiores craques nos últimos tempos. Dono de uma carreira meteórica, com direito a se tornar ídolo do Grêmio com apenas 17 anos, estrear na seleção principal com um golaço contra a Venezuela, "ressucitar" o Barça com dois títulos espanhóis e uma Champions, Ronaldinho já experimentou altos e baixos, mas a temporada 2007/08 foi sem dúvida a pior de sua carreira, mesmo já tendo passado por momentos ruins como sua saída litigiosa do Grêmio, suas brigas com o técnico do PSG Manuel Fernandez e o fracasso na última Copa - depois do sucesso como coadjuvante em 2002, ele não foi bem com estrela principal em 2006. O astro está afastado do time desde o início do ano e vem sofrendo duras críticas pelo seu estilo de vida boêmio, o que fez com que seu futebol ficasse irreconhecível. E esses são os motivos que tornam essa negociação especial: a chance de um recomeço, de uma mudança de ares que possa trazer de volta aquele futebol mágico, alegre e objetivo que tanto nos acostumamos a ver. Aparentemente todos ganham, o Barcelona, o Milan e principalmente a nossa seleção. Força Gaúcho!
Enquanto isso no cenário nacional, o Brasileirão pega fogo e a tabela começa a ganhar os contornos que parecem ser definitivos, haja visto que um quarto da competição já foi disputado. A campanha do Fla impressiona, e surpresas como Náutico e Vitória estão bem na classificação, mas o destaque do fim de semana sem dúvida foi a vitória do tricolor sobre o Palmeiras de Luxemburgo e Valdívia (aliás, cadê o chileno hein?). O atual bicampeão brasileiro começa a demonstrar um futebol consistente como de costume, contando com excelentes atuações de Borges - infelizmente afastado por um mês em decorrência de contusão, assim como Miranda, o melhor zagueiro do Brasil - Joílson, finalmente adaptado ao estilo de jogo e Hernanes, um verdadeiro craque que sintetiza todas as qualidades exigidas em um jogador moderno: marcação forte, físico privilegiado e uma habilidade incomum para jogadores dessa posição, favorecendo a chegada de trás. A vitória no clássico dá moral à equipe e coloca de novo o São Paulo na briga pelo hexa. Que continue assim, até o fim!
Vida simples, pensamento elevado, FÉRIAS e força Tricolor!

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Ah, que domingo hein!


Diferença no ranking de entradas da ATP caindo para 545 pontos, fim da série de 65 vitórias consecutivas na grama - 41 em Wimbledon - quebra dos recordes de Manolo Santana (vitória de um espanhol na grama) e Bjorn Borg (RG e Wimbledon na mesma temporada), e o mais importante, uma vantagem psicológica que pode até ameaçar a carreira do atual número 1 do mundo. Tudo isso esteve em quadra esse domingo no All England durante as quatro horas e quarenta e oito minutos de partida, com direito a duas interrupções devido ao mau tempo. Nadal dessa vez foi superior, 3 sets a 2 com parciais de 6/4, 6/4, 6/7(5/7), 6/7 (8/10) e 9/7. Merecida vitória, pela evolução apresentada - que agora o credencia ao hall dos melhores de todos os tempos - e pela partida, praticamente impecável, a não ser pelos match points desperdiçados, ou salvos por Roger Federer. O suíço esteve bem, mostrou recuperação e desfilou sua categoria como de costume, com golpes profundos e voleios firmes, mas faltou agressividade nos dois primeiros sets, vencidos pelo fenômeno espanhol. A chuva chegou, e o vestiário fez bem a Roger, que empatou a partida mas não teve forças para superar Nadal no set decisivo. O espanhol esteve indestrutível essas duas semanas, e sua confiança parece ser inabalável, mesmo nos momentos mais difíceis: ele joga todas as suas partidas contra Federer, desde a primeira rodada ele visualiza o suíço do outro lado da rede, e isso o fortalece cada vez mais em sua cruzada para atingir o topo. Parabéns ao espanhol, que agora vai viver seu pesadelo na temporada de quadras duras. Ou não. Para Roger, o consolo de manter a posição de número 1 por mais algum tempo e de atingir o segundo posto na Corrida, ultrapassando Djokovic, mas fico temeroso com o futuro da sua carreira; a motivação de Federer não vem sendo mais a mesma, e ser derrotado em seu piso preferido, por seu maior rival - o "pior adversário possível" segundo o suíço - pode causar um bloqueio psicológico similar ao que encerrou a carreira de Borg, que não vencia John McEnroe e pendurou a raquete precocemente aos 25 anos. A frustração de Federer pode se mostrar maior que seu poder de reação, e a lenda pode não ser mais a mesma. O US Open dirá. Força Roger!
Ainda na Inglaterra, mas agora em Silverstone, muita chuva e Rubinho, isso mesmo, Rubinho, ele mesmo, Barrichelo, montado em uma Honda voltando ao pódio depois de três anos de jejum e com direito a fatídica sambadinha. Hamilton venceu em casa com um minuto de vantagem sobre Heidfeld, e com direito a pasteladas de Massa e Raikkonen, que na chuva e sem controle de tração, tiveram sérias dificuldades de se manter na pista, assim como vários outros pilotos. Me fez lembrar o saudoso desenho animado Corrida Maluca, e embolou o campeonato: três pilotos lideram - os dois da Ferrari e Hamilton - com 48 pontos e Kubica segue de perto com 46. Ainda vou acreditar em Massa, com chances.
Para completar o domingo bizarro, o tricolor empata em casa com o vice lanterna, dois jogadores discutem em campo e a liderança vai ficando longe. Abre o olho!
Vida simples, pensamento elevado e que as coisas voltem aos seus lugares!

sábado, 5 de julho de 2008

Divisor de águas


Domingo, seis de julho de 2008. É chegada a tão esperada final masculina do GS mais charmoso e tradicional do circuito - cuja campeã no simples feminino foi a penta Venus, derrotando a irmã Serena na final e garantindo o título de duplas ao lado da mesma - e ela não poderia estar mais a altura do torneio: os dois líderes absolutos do ranking se enfrentarão em mais um jogo épico, do porte de McEnroe versus Borg ou de Sampras versus Agassi. Do mesmo modo como esses jogos se tornaram marcos do tênis, a partida entre Roger Federer e Rafael Nadal nesse domingo no All England Club promete assegurar lugar na história, e não só pelo resultado, que pode representar o hexa da lenda Federer, além da quebra do recorde de 41 vitórias consecutivas na grama pertencente a Bjorn Borg, ou o primeiro título de Slam em quadras rápidas de Nadal, que nesse caso também quebraria outra marca do sueco, último a vencer RG e Wimbledon na mesma temporada.
Mas a partida da próxima manhã representa muito mais que apenas mais um título ou mais recorde para qualquer um dos monstros do tênis atual; ela representa os possíveis rumos do ranking daqui pra frente. O Miura Nadal mostra um crescimento acima da média, com uma evolução vista em poucos jogadores ao longo do tempo: sua força, mental e física, sofreu um aumento absurdo em pouco mais de um ano, e o espanhol vive a melhor fase da carreira até aqui, com vitórias expressivas confirmando seu favoritismo no saibro além do título de Queen's há duas semanas - sua última derrota foi no Masters de Roma. O desenvolvimento no seu estilo é nítido, com um saque potente, um forehand poderoso e um vigor ímpar, mas ainda falta algo para o prodígio se consolidar entre os melhores da história: um título importante em quadra rápida, que parece estar mais perto agora. Como diria Dácio Campos, se para vencer um game contra o espanhol deve-se fazer um esforço hercúleo, imagine para derrotá-lo em uma partida de cinco sets.
Essa é a principal preocupação da lenda suíça Roger Federer, cujo retrospecto contra Nadal não é nada animador. Não podemos ignorar os números incríveis do líder do ranking, absoluto desde 2004 e com um retrospecto invejável na grama, mas pela primeira vez Roger vê uma séria ameaça ao seu posto de número 1. Mesmo mantendo a posição no ranking após o torneio - nem mesmo uma vitória do espanhol tira dele a liderança - Federer precisa da vitória amanhã para dar continuidade ao seu reinado: uma derrota para seu principal rival, no piso e no torneio preferidos pela lenda, certamente abalaria sua confiança, não muito em alta na atual temporada. A vitória de Nadal amanhã provaria sua superioridade mental sobre o freguês, dotado de uma técnica infinitamente superior à do espanhol, que poderia chegar a um nível de confiança ainda maior que o atual, o que complicaria bastante a vida "fácil" de Roger até então.
Mais uma vez a técnica pura contra a força quase pura, e que vença o melhor, mesmo o melhor já sendo Roger Federer.

Adendo:
- sensacional a entrevista de Pete Sampras concedida ao jornalista André Kfouri, disponibilizada no blog do entrevistador. Realmente, o americano é o maior de todos!

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Miura furioso


Começa a segunda e decisiva semana do mais tradicional GS após a folga de domingo - a chuva não apareceu e não houve nenhum atraso. No bom jogo entre Gasquet e o queridinho da torcida Murray, válido pelas oitavas, o francês acaba de fechar o primeiro set após cinco set points consecutivos no saque do britânico, que busca quebrar o tabu de 72 sem vitória de tenistas da casa - o último título foi o de Fred Perry em 1936. Enquanto no feminino as três primeiras do ranking já caíram - a bela Aninha e a encorpada Jankovic se despediram uma rodada depois de Sharapova - na chave masculina apenas Djokovic e Roddick já sucumbiram entre os favoritos. Eu digo favoritos porque não vejo outro tenista à exceção dos dois citados com chances de derrubar Roger Federer e Rafael Nadal, que caminham para mais uma final.
O caminho do suíço é um pouco mais difícil e ele tem uma chave complicada à frente, com a possibilidade de um confronto com Marat Safin na semi-final. Nas quartas Roger jogará com o sacador Ancic, exausto após a incrível batalha de cinco sets contra Fernando Verdasco, com direito a 13/11 no set decisivo, enquanto o gigante lendário russo lidera nesse momento a partida contra Wawrinka válida pelas oitavas. O vencedor pega o cipriota Baghdatis.
Se do outro lado da chave as coisas não são boas para Federer, Nadal tem um caminho aparentemente mais fácil rumo à final e quem sabe ao inédito título: Schuettler enfrentando Cilic ou Clement é um jogo fraco para quartas-de-final de GS, mas Gasquet ou Murray poderiam ser uma complicação. Eu disse poderiam, porque o nível do touro Miura é impressionante: Nadal atingiu a maturidade, e vem mostrando uma força física e mental pouco vistas. Como acabou de dizer Dácio Campos, difícil ver um tenista ganhar um set contra Nadal, quem dirá vencer três. É nítida a evolução no tênis do espanhol, que vem buscando aperfeiçoar o serviço e o jogo mais ofensivo, arriscando até alguns voleios em pisos rápidos. Ainda há muito a provar, com a pressão por títulos fora da temporada de saibro cada vez maior, além do desconforto de ter como principais adversários o promissor Novak e a lenda Federer, entretanto, potencial para o duelo ele mostra que tem. E que vença o melhor, que é como as coisas costumam acontecer no tênis.

Reconciliação com o (bom) futebol


Pode parecer redundante falar do nível do futebol visto nas últimas três semanas em campos austríacos e suíços, mas como os mestres Juca e Tostão o fizeram, me sinto à vontade para voltar a elogiar o toque de bola e a ofensividade dos participantes da Euro 2008. O fracasso de retrancas como a italiana, atual campeã mundial, e a russa - que apresentava até a semi-final um futebol vistoso mas abdicou de atacar e fracassou na busca pela vaga na final - demonstram possíveis novos rumos para o futebol. Outro destaque da competição foi a estrutura dos estádios e gramados, outra redundância em se tratando de competições futebolísticas no Velho Mundo.
E como um prêmio ao bom futebol, que nem sempre é justo, a merecedora Espanha ficou com o caneco. Talvez inspirados pelo cinquentenário do fim da nossa síndrome, a Fúria Vermelha se livrou do seu complexo de vira-lata e não deu muitas chances para a sempre favorita Alemanha. Com seu futebol pragmático, sempre perigoso na bola aérea, defensores altos e uma frieza incomum, os alemães atropelaram na segunda fase, mantendo sempre seu jogo sólido e contando com Ballack no seu máximo. Chegaram com um certo favoritismo na última partida, mas a Espanha não deixou por menos, e com uma campanha igualmente regular aparecia como forte candidata apostando no seu toque refinado e em sua dupla inspirada de atacantes.
A tônica da partida final foi exatamente essa: a Alemanha fria, alçando bolas e acionando Ballack e a Fúria tocando a bola, apostando no conjunto e contando com atuações sensacionais de Marcos Senna - primeiro brasileiro a vencer a Euro e eleito craque do torneio pela torcida espanhola - e Sérgio Ramos, além do oportunismo de Niño Torres, que não desperdiçou a chance e marcou o gol do título. De quebra foram 9 espanhóis na seleção do campeonato, eleita por uma comissão escolhida pela UEFA, e Xavi Hernández craque do torneio. Barba, cabelo e bigode para a Fúria e sua geração fantástica, e quem ganha é o futebol.
Vai deixar saudade, vamos voltar a realidade e assistir o Brasileirão, mas fica a esperança de um futebol melhor.

domingo, 29 de junho de 2008

Um de cinco

29 de junho de 1958. O dia amanhece chuvoso em Estocolmo, capital sueca, e está tudo pronto para a grande final da Copa do Mundo. A chuva cessa por volta das dez horas da manhã, possibilitando melhores condições para o gramado do estádio Rasunda que receberia o confronto entre os donos da casa e o Brasil ás 15:00 horas. Estava em jogo ali não apenas o título do mundial de futebol daquele ano, mas também o fim do pesadelo do vice em 1950, no Maracanã completamente lotado e calado por Ghiggia. Como dizia Nelson Rodrigues, tínhamos síndrome de vira-lata, a mesma que acompanha a Espanha - prestes a entrar em campo para a final da Euro 2008 contra os alemães - nos tempos atuais, e sondava o escrete canarinho após o fiasco contra os uruguaios. Contudo, daquela vez foi diferente e começava a ser escrita na Escandinávia a história do país mais vitorioso no futebol de todos os tempos.
As coisas não começaram bem, e perdemos o sorteio de uniformes para os suecos, que jogariam de amarelo, o que nos obrigaria a usar nossa camisa reserva com fama de azarada. Mas Paulo Machado de Carvalho soube contornar o problema dizendo aos supersticiosos atletas que não houve sorteio algum e que ele havia escolhido jogar de azul, visto que essa é a cor do manto da padroeira do Brasil Nossa Senhora de Aparecida. E assim foi, de camisa azul, com campo úmido e torcida contra que construimos nosso primeiro triunfo em Copas. Nem mesmo o primeiro gol sueco marcado por Liedholm aos três minutos de bola rolando, e que poderia desestabilizar o time , abalaram a confiança dos nossos craques, que, jogando por música e com direito a aplausos da torcida local, tiveram capacidade de virar o jogo e confirmar a consagração pelo placar de 5 a 2 - por coincidência, o mesmo placar da semi-final contra a França do artilheiro daquele mundial Fontaine. Muita comemoração, muito choro - especialmente do menino Pelé , surgindo para o mundo da bola e marcando dois na final - e a quebra de protocolo com abraços no rei Gustavo, que entregou a Jules Rimet para o capitão Bellini imortalizar o gesto que se repetiria ainda mais 4 vezes a nosso favor.
Um time desacreditado de certa forma, mas que provou seu valor e se firmou como um dos maiores conjuntos que o futebol já viu em sua história. Ainda há um debate acirrado sobre qual a melhor seleção de todos os tempos, dado que as principais concorrentes, além da Hungria de Puskas e do carrossel holandês de 74, são os mágicos escretes brasileiros de 1970 e 1982. Fica a cargo de cada um eleger a sua, mas na minha opinião - e na opinião de jornalistas que tiveram a oportunidade de acompanhar esse time - time algum será melhor que Pelé e Garrincha juntos, isso ainda sem contar os outros nove guerreiros de 1958, a melhor seleção de todos os tempos e aquela que nos fez, quiçá pela primeira vez na história, ter orgulho de ser brasileiros!
Mais uma vez a eterna gratidão a Gilmar, Castilho, Djalma e Nilton Santos, De Sordi, Oreco, Mauro, Bellini, Orlando, Zózimo, Didi (o mestre), Dino Sani, Zito, Moacir, Garrincha, Zagallo, Vavá, Pepe, Pelé, Joel, Mazzola e Dida, além do treinador Vicente Feola e do jornaista Nelson Saldanha Filho com uma cobertura impecável, que tem seu material disponível no blog Direto de 58.
Vida simples, pensamento elevado e Obrigado Brasil!

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Traição

Traiçoeiro. Foi esse o adjetivo que me esqueci de colocar no último post, e ele vem demonstrando estar presente na competição desde o início. O piso de grama do All England não perdoa falhas e desconcentrações: em decorrência das dificuldades impostas pelo tapete verde - muita velocidade e aumento de imprevisibilidade da trajetória da bolinha - os erros tendem a aumentar, e os adversários, mesmo ranqueados inferiormente não dão chances à quem erra muito em Wimbledon. Esses foram os casos de Nalbandian, ainda na primeira rodada, e dos favoritos a irem longe no torneio Djokovic, Roddick e Sharapova.
Novak atravessa um momento muito bom na carreira, já tendo conquistado um Grand Slam essa temporada e se consolidado como grande tenista da atualidade, mas o adversário que o eliminou não deixa por menos: Marat Safin, hoje com 28 anos, já atingiu o posto de número 1 do mundo (Novembro de 2000) e sempre foi considerado um dos tenistas mais talentosos do circuito. Não chegou mais longe - se é que precisava - devido a sua falta de controle mental: Safin ficou conhecido não só pelo seu enorme talento, sua força desproporcional e sua mecânica praticamente perfeita, mas também pelo seu descontrole emocional, pela facilidade com que ele perdia o foco e a cabeça - com direito a acertar bolada no juiz de cadeira e quebrar inúmeras raquetes, inclusive no treino. Na partida, o russo não deu chances ao sérvio, que cometeu um alto número de duplas faltas (10) e erros não forçados (28) e pontuou pouco no seu segundo serviço (35%). O placar de 3 a 0 - parciais de 6/4, 7/6(3) e 6/2 - refletiu bem o domínio de Marat, que abusou de seu serviço implacavelmente forte para minar o sérvio.
Outro favorito que caiu cedo foi o americano Andy Roddick, derrotado por Tipsarevic por 3 sets a 1. O pupilo de Connors começou bem e venceu o primeiro set no tiebrake por 7 a 5. Seu serviço estava entrando - foram 27 aces - mas o sérvio contou com as dificuldades do adversário na devolução para manter seu saque durante todo o jogo e avançar para a terceira rodada. James Blake também se despede na segunda partida.
Na chave feminina, enquanto a linda Aninha suou muito para salvar um match point - ajuda providencial da fita da rede (foto) - e depois virar a partida contra Natalie Dechy, com direito a 10 games a 8 no terceiro set, Maria Sharapova não teve a mesma sorte: perdeu para sua compatriota Alla Kudryavtseva em sets diretos com parciais 6/2 e 6/4. A musa russa, atual número 2, cometeu os mesmos erros de sempre, com as famosas dupla-faltas (8) e muitos erros não-forçados - 22 contra apenas 8 da adversária - e demonstrou ainda muita instabilidade no seu jogo para ser a líder do ranking.
Apesar de muitos favoritos ainda no páreo, zebras já aconteceram até aqui, e essa parece ser a tônica do torneio. A chuva apareceu, como de costume, mas já foi demonstrado que para vencer esse Grand Slam deve se enfrentar chuva, sol e grama, muita grama.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Tradição

Os cavalheiros e damas vestindo branco, os suportes da rede de madeira, a ausência de propagandas na quadra. Esse é o cenário do ápice da curta temporada de grama, Wimbledon, o terceiro Grand Slam do ano e mais tradicional torneio do circuito, disputado no AELTCC a partir de 1877 no simples masculino - as duplas vieram em 1879 e o simples feminino em 1884.
Ontem os líderes do ranking masculino e feminino fizeram suas estréias, e se deram bem: a musa Aninha passou bem pela paraguaia De los Ríos, 2 a 0 e uma vestidinho branco que é uma delícia, e a lenda Roger Federer atropelou Hrbaty também sem perder set. Federer é o atual pentacampeão - igualando a marca de Bjorn Borg - e persegue os sete títulos conquistados pelos recordistas do torneio Pete Sampras e William Renshaw.
Mesmo com todo esse retrospecto, o favoritismo do número 1 está mais ameaçado do que nunca na grama sagrada, já que o sorteio colocou Novak Djokovic do mesmo lado da chave que o campeão e o tênis de Nadal não pára de crescer. O espanhol atravessa um momento excepcional após os triunfos em RG e Queen's, e além de buscar o posto de Federer no ranking, ele ainda persegue duas marcas importantes: desde Manolo Santana em 1966 um espanhol não vence Winbledon, e desde Borg em 1980 um tenista não vence na grama e em Roland Garros na mesma temporada. Motivação extra para o jovem espanhol, buscando melhores resultados em pisos rápidos para se consagrar entre os maiores de todos os tempos - seu melhor resultado no U.S. Open, disputado no final da temporada em quadra dura, foi chegar nas quartas. Nadal está jogando nesse momento contra o alemão Andreas Beck, que vem de um bom resultado em Halle, mas encontra facilidade até aqui e vai vencendo o segundo set. Facilidade que Djokovic não encontrou em sua estréia ontem ao vencer Michael Berrer por 3 sets a 1, mas ele segue no torneio com muitas chances. A primeira zebra foi o sempre top 10 e finalista em 2002 Nalbandian deixar a competição ao ser derrotado na primeira rodada pelo canadense sacador Frank Dancevic, 3 a 0 em um passeio, com 16 aces.
Outros resultados: o clássico Stepanek venceu fácil e pode enfrentar Belucci em uma possível terceira rodada; o ex-número 2 do mundo Haas fez um belo jogo contra Guillermo Cañas e venceu por 3 a 1 de virada, enfrentando Robredo na segunda rodada; Benjamin Becker despachou por 3 a 0 o cabeça 4 Davydenko, mesmo placar do bom jogo entre Mardy Fish e Richard Gasquet que fará o duelo francês contra o duas vezes semifinalista Grosjean - derrotado por Roger Federer na semi do ano passado. Sharapova também estreou bem e não teve dificuldades contra Fortez.
Um bom início de competição, com boas partidas e Belucci vencendo, além da sempre esperança brasileira nas duplas com Sá e Melo. Que vençam os melhores!

sexta-feira, 20 de junho de 2008

O time da virada

Incrível, impressionante, inacreditável, emocionante... faltam adjetivos para descrever o jogo entre Croácia e Turquia válido pelas quartas-de-final da Euro 2008. Depois de uma primeira fase difícil, contabilizando uma derrota para Portugal na primeira partida, os turcos vem mostrando uma capacidade de reação nunca antes vista no mundo da bola. No segundo jogo, contra uma das anfitriãs, a Suíça, a equipe turca saiu de um placar desfavorável para reverter a situação e confirmar a vitória por 2 a 1. No encerramento da primeira fase, não foi diferente: perdiam para os favoritos tchecos ate o início dos acréscimos, quando marcaram duas vezes em um espaço de cinco minutos para selar o resultado de 3 a 2 e carimbar a vaga para a fase seguinte.
Nas quartas, um duelo de zebras aguardava a seleção turca, que enfrentaria a Croácia, também não muito cotada no início do campeonato. Admito que o nível apresentado por ambas as equipes durante os noventa minutos esteve muito aquém daquele demonstrado no torneio, mas entendo os treinadores, um tanto quanto receosos para a partida que definiu um dos quatro semifinalistas. Entretanto, após o 0 a 0 no tempo normal, a prorrogação guardava momentos eletrizantes. Até os 13 minutos do segundo tempo do tempo extra, tudo caminhava para as penalidades e o jogo seguia seu padrão não muito agradável, mas foi nesse momento que o goleiro reserva da Turquia Rustu - o titular estava suspenso por 2 cartões amarelos - fez uma lambança na área em uma bola perdida, e cedeu o primeiro tento aos croatas. Comemoração no estádio, camisas quadriculadas pulando, quando inexplicavelmente, no último minuto, um chutão para a área, o bate e rebate, e ela sobrou limpinha para o matador Senturk anotar no ângulo de Pletikosa e empatar o confronto. Uma explosão tomou conta da torcida turca, que mal acreditava no que via e já se preparava para deixar o estádio desolada e agora se preparava para assistir a disputa de penalidades. Faltou cabeça aos croatas, que após levarem o gol no último instante, já entraram derrotados moralmente nos penaltis, e converteram apenas uma entre quatro cobranças, enquanto os turcos converteram todas. Vitória fácil (só nos penaltis) do time que mereceu a vaga, por acreditar até o fim nesses momentos que só o esporte pode nos proporcionar. E como todo torneio tem que ter uma zebra, aí está: Turquia entre os quatro melhores e com chances de ir á final. É só acreditar! (mas é bom jogar bem também!)
Na outra partida, também válida pelas quartas, nosso velho conhecido Felipão e sua esquadra portuguesa sucumbiram ao poder do futebol alemão. Como a maior campeã da Euro, e tri mundial, a Alemanha sempre é favorita em qualquer competição, e apresentou um futebol que a credencia como tal: com Ballack comandando as ações no meio, e um Schweinsteiger inspirado na bola parada, nem mesmo o bom futebol de Deco - C.Ronaldo não demonstrou o que estamos acostumados a ver e sentiu a forte marcação durante todo o campeonato - foi suficiente para passar pela equipe de Joachim Low, e o resultado ficou mesmo nos 3 a 2, vaga alemã. A partida foi excelente, mas Portugal vinha se desconcentrando com os rumores sobre o futuro de seu maior craque, de seu treinador, de seu principal articulador no meio-campo - que até saiu da concentração para assinar um suposto contrato - e acabou perdendo o foco. Não afirmo que o motivo da derrota tenha sido este, mas mesmo vencendo os alemães, o que era perfeitamente possível, não acredito que Portugal tivesse condições psicológicas de ser campeão.
Vida simples e pensamento elevado!

Por um futebol melhor

Acabou a primeira fase, e dois jogos das quartas já foram realizados, mas o motivo desse post não é apenas comentar resultados - como tem sido dito por alguns aprendizes rebeldes. Escrevo aqui em agradecimento aos jogadores e seus treinadores no decorrer dessa Euro 2008, que apresenta o melhor nível de futebol visto nos últimos anos. Estou tendo o privilégio de assistir pela televisão um futebol vistoso, bem jogado, um bom toque de bola, e o mais importante, ofensivo. Claro que não é aquela magia de um Pelé ou um Garrincha driblando, nem do carrossel holandês de 74 tocando a bola, visto que o fuebol moderno não permite muitas firulas, mas mesmo com a disciplina tática e o vigor físico da atualidade, é louvável como as equipes estão encarando esse torneio. A velocidade do sensacional time da Holanda, com seus meias infernais e seu treinador craque, o surpreendente toque de bola da Rússia, isso mesmo a Rússia, treinada pelo mágico Guus Hiddink e tendo como base o atual campeão da UEFA Zenith, a versatilidade do time croata também muito bem dirigido por Slaven Bilic, que tem seu grupo nas mãos. Sem contar a Fúria, que passou recentemente por um processo de renovação e vem colhendo os frutos de uma boa safra com Fabregas, Fernando Torres, Sergio Ramos e por aí adiante, além de nossos irmãos lusos, treinados pelo maioral e contando com a habilidade de jogadores como C.Ronaldo, Quaresma e Deco. A Alemanha não fica atrás, e apesar de seu jogo burocrático mas sempre favorito, tem em seu elenco um Ballack muito inspirado, jogando fino e conduzindo os germânicos até a semi-final por enquanto.
Verdade que equipes tradicionais decepcionaram, como a atual campeã do mundo Itália, apostando na sua defesa e no seu forte sistema tático para compensar o mau futebol apresentado até aqui e se classificar para as quartas e a França, eliminada exatamente pela Azzura ainda na primeira fase, sentindo a ausência do maestro, e, como a seleção brasileira, atravessando um turbulento período de renovação do elenco. Contudo, os azuis conseguiram mostrar um futebol contundente em suas partidas, até mesmo na derrota por 4 a 1 para os holandeses (melhor jogo até aqui), tendo em Frank Ribery sua maior esperança para o futuro.
Independentemente do campeão, estarei satisfeito ao término do campeonato porque esse torneio me fez voltar a acreditar no futebol. Depois de uma das piores Copas de todos os tempos, depois da Era Dunga - em campo e fora dele também, infelizmente - finalmente uma luz no fim do túnel, uma esperança de que o físico nunca supere o técnico, mesmo esta parecendo uma tendência irreversível. Espero que sirva de modelo, para que, daqui em diante, soframos menos ao assistir uma partida, e a bola seja menos maltratada.
Vida simples, pensamento elevado, e time no ataque!

Adendos:
- como sugerido pelo Macaco Simão, tentei torcer a favor do Brasil e contra o Dunga, e pelo visto deu certo: não fomos derotados pelos hermanos, e o brincalhão do "técnico" continua ameaçado. Quanto ao jogo, sem comentários... foi de dar sono mais uma vez.

terça-feira, 17 de junho de 2008

We love grass

Enquanto a minha musa descansa e aproveita suas merecidas férias no posto de número 1, os homens suam para se preparar para a curtíssima temporada de grama e tentar derrotar o mito em seu piso preferido. Muita polêmica envolve os torneios de grama, dispensados por muitos tenistas, que procuram descansar/treinar ou defender alguns pontos longe do triunvirato, como no caso do número 4Davydenko, que optou por jogar o ATP de Varsóvia no saibro, onde foi campeão. Guga jogou poucas vezes em Winbledon, comprovando a pouca adaptabilidade de jogadores de saibro ao piso irregular encontrado em poucos lugares no globo.
Mesmo enfrentando essa dificuldade de adaptação, o espanhol Rafael Nadal confirmou a fase fenomenal que atravessa e foi o campeão do torneio de Queen's, eliminando o sacador Roddick e vencendo o consolidado Djokovic na final. Além de ser o seu primeiro título na grama, ele se tornou o primeiro espanhol a vencer no piso desde Andres Gimeno em 1972 (torneio de Eastbourne) e o primeiro tenista a vencer o Artois Championship e o Aberto da França na mesma temporada.
Mas, na Inglaterra e na quadra vegetal, o rei é ele, Roger Federer, invicto a inacreditáveis 59 partidas na grama e acumulando o título de numero 55 na carreira ao vencer o ATP de Halle na Alemanha pela quinta vez consecutiva - sua última derrota neste piso ocorreu na semi-final deste mesmo torneio para o alemão Kiefer há seis anos atrás. Com seu jogo agressivo, um saque potente e um voleio fantástico, ele chega confiante ao All England Lawn Tennis and Croquet Club, onde o suíço já é pentacampeão.
O piso é outro, mas o clima também mudou: agora Nadal corre por fora, e o grande campeão defende seu estilo e seu status de favorito no seu Grand Slam predileto. Resta saber como ele se comportará frente a Nadal, caso eles realmente se enfrentem na final, porque em um GS chegar a final exige o máximo do tenista. Não faltam candidatos para "melar" o possível duelo, pois sacadores como Roddick, Karlovic e Ancic sempre complicam na grama, sem falar de Novak, com seu tênis regular e sólido por quase toda a temporada. Assim como o tricolor, rumo ao Hexa Roger!
Vida simples e pensamento elevado, né Paçoca!

17 de junho de ......


Um dia para comemorar, mas os motivos não são o bom futebol apresentado na Euro até aqui nem tampouco a "boa fase" da "seleção" brasileira do "treinador" e candidato a humorista Dunga. No dia de hoje comemoramos 46 anos do bi-campeonato mundial no Chile e 16 anos do primeiro título da vitoriosa história do São Paulo Futebol Clube na Libertadores da América.
O mestre Telê Santana se livrou de vez da fama de azarado no dia 17 de junho de 1992 quando o tricolor paulista levantou pela primeira vez o troféu mais importante do continente sul-americano no estádio Cícero Pompeu de Toledo, derrotando o Newell's Old Boys nos penais. Logo após Cafú bater o quinto e colocar o São Paulo na frente, o craque dos argentinos Gamboa se posicionou para cobrar o último penal, e lá estava Zetti, voando no cantinho para a consagração. Foi apenas o início da vitoriosa ponte aérea Morumbi - Yokohama, que se repetiria mais duas vezes no decorrer na história.
No ano de 1962 o scratch comandado por Aymoré Moreira consagrou-se bi-campeão da Copa do Mundo com uma vitória incontestável de virada por 3 a 1 sobre a poderosa Tchecoslováquia do craque Masopust. Amarildo, Zito e Vavá marcaram a nosso favor, e viram o capitão Bellini levantar a Jules Rimet e repetir o feito de quatro anos antes. Título merecido de um ainda verdadeiro futebol brasileiro, ofensivo, com jogadores habilidosos jogando pra cima, pra frente, do porte de Pelé (contundido no decorrer do torneio), Garrincha, Amarildo, Pepe e Didi e com uma defesa formada por craques com a classe de Nilton e Djalma Santos, Mauro e Gilmar. Ao assistir o selecionado atual, só nos resta o saudosismo de uma época na qual nem sequer haviamos nascido, mas uma época de Brasil campeão como vivenciamos a pouco tempos atrás.

Adendos:
- concordando com j.scato, mesmo ele sendo mineiro, vamos para a campanha FORA DUNGA!
- o São Paulo confirma o renascimento e aplica um excelente 4 a 2 no líder Fla em pleno Maraca. Até o ataque desencantou, e agora estamos no páreo... rumo ao Hexa!!
- e só para não esquecer: OBRIGADO SPORT, VALEU BALA!!!!!!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Bala, o Profeta


"O gol do Enílton (no Morumbi quarta passada) foi o gol do título." "Deus falou comigo essa semana, e o Sport vai ser campeão." Após proferir essas frases no decorrer da semana que antecedia o jogo decisivo da Copa do Brasil, Carlinhos Bala e seus companheiros do Sport Clube Recife entraram para a história do Leão ao levantarem o troféu do torneio e classificarem a equipe para a Libertadores 2009 com a vitória pelo placar mínimo necessário (2 a 0) contra os gambás - time de segunda divisão.
O Leão, invicto em seu estádio "La Bonbonilha" desde outubro do ano passado - quando foi derrotado pela precisão de Rogério Ceni e do atual campeão brasileiro - precisou de apenas 36 minutos para colocar fim às esperanças do time alvi-negro: depois de falar com Deus (não, ele não é Moisés) o Profeta Carlinhos Bala abriu o placar ao receber com açúcar de Luciano Henrique e contar com a ajudinha do "goleirão" Felipe - que já tem no currículo dois rebaixamentos no nacional. O "goleirão", que por sinal foi decisivo na partida, não atravessava um bom momento no jogo e dois minutos após sofrer o primeiro, resolveu fazer explodir a Ilha do Retiro com o gol de Luciano Henrique, que foi 50% de Enílton e 50% do próprio - um FRANGAÇO, assim como o primeiro!
Por alguns momentos achei que faltaria camisa ao time pernambucano, mas a decisão de ontem demonstrou que motivação também ganha jogo, assim como estádio cheio e artilheiro profeta. "Não chora, não chora, não chora... não chora, não chora, não chora... não chora Timão!"
Vida simples e pensamento elevado... além de muita risada

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Uma festa holandesa com certeza!

ao

Ora pois, que eu estava prestes a depositar toda minha torcida nos gajos de Felipão, quando me sento para assistir Itália x Holanda. Muita expectativa para a partida entre a atual campeã mundial e a sempre boa escola holandesa dirigida pelo craque Marco van Basten, e o que se viu em campo não foi diferente: uma das melhores partidas entre seleções que eu tive a oportunidade de acompanhar, com os goleiros trabalhando bastante e ambas as equipes procurando o ataque, o gol. Apesar da boa atuação do time italiano, mal escalado por Donadoni, os holandeses mostraram sua força e enfiaram um três a zero - pergunta: 3 a o é goleada? - incontestável - mesmo com o gol ilegal de Ruud van, que abriu o placar. Foi apresentado o famoso Totaalvoetbal - futebol total em holandês, o velho carrossel - guardadas as devidas proporções: o toque de bola foi refinado, e os meias van der Vaart e Sneijder deram um show à parte com atuações de encher os olhos e passes precisos. Na renovada defesa, que ainda conta com Edwin van der Sar, os zagueiros mostraram segurança, com o camisa 4 Mathijsen em destaque, e o gigante Engelaar dando uma boa saída de bola no meio-campo e marcando muito bem. Resumindo, estou muito satisfeito em ver o futebol holandês apresentando esse estilo de jogo bonito e solto. Disparam como favoritos e tem minha torcida e meu apreço por seu futebol.
Fechando a primeira rodada ontem, tivemos Espanha e Suécia marcando três pontos em suas estreias pelo grupo D. O craque sueco demonstrou que veio para fazer a diferença no fraco elenco sueco, e comandou a equipe nos 2 a o sobre a atual campeã do torneio Grécia. E o destaque do grupo ficou com a goleada do excelente time da Espanha, que enfiou 4 a 1 sobre a Rússia. O começo da partida não reflete o resultado final, pois o time russo soube colocar a bola no chão e tocar bem ao estilo sul-americano; contudo, o time espanhol tem muito mais qualidade, com Cesc Fabregas assumindo a camisa 10 e não decepcionando, além das atuações sensacionais de Fernando Torres - que atuou apenas meio tempo - e do artilheiro da competição David Villa, protagonista da rodada com o hat trick. A estréia foi realmente muito boa - Raul nem fez falta - mas resta saber se a "síndrome de vira-latas" atacará novamente e eles sucumbirão no mata-mata.
Como o esperado, muitas emoções, mas acabou de começar. O torneio é tiro curto, mas muita coisa ainda está para acontecer e estamos na expectativa. Quem sabe festa em Amsterdã. (ou em Lisboa)
Vida simples e pensamento elevado.

domingo, 8 de junho de 2008

Fim de semana boleiro

Não foi só o tricolor que goleou na rodada do Brasileirão. Em Curitiba, o furacão instalou a crise no Goiás goleando por 5 a 0, mesmo resultado do bom time do Flamengo, liderando, sobre o Figueirense no Maracanã, com 3 de Marcinho e 2 de Souza. Caio Júnior dá continuidade ao bom trabalho desenvolvido por Joel Santana (difícil admitir, mas real) e conta com um bom plantel, pintando como um dos candidatos ao caneco. Outro favorito teve menos sorte, e o Palmeiras, prestes a vender jogadores para o mercado europeu, sofreu com as especulações em torno da saída de Luxemburgo, dessa vez ligado ao Lyon, e novamente foi derrotado pelo Sport na Ilha do Retiro: 2 a 0 leão com direito a declarações indignadas do goleiro Marcos após a pior partida do alvi-verde no ano. O vice-líder Cruzeiro venceu o Vasco no Mineirão e garantiu os três pontos mesmo não jogando bem e desperdiçando uma penalidade com Guilherme.
Ainda na parte de cima da tabela, o Náutico protagonizou o único 0 a 0 da rodada, contra o Ipatinga, e é seguido de perto pelo Grêmio, pontuando três após a boa vitória sobre o sortudo Fluminense em Porto Alegre, que viu sua outra equipe perder no Canindé por 3 a 1 - bom resultado para a Lusa. Fechando a rodada, Cuca estreou com derrota, 1 a 0 Vitória no Barradão e deixou o Santos na zona de rebaixamento - o que a essa altura não significa nada - enquanto no Engenhão o vira-lata Botafogo venceu o Coritiba por 2 a 1.
Estamos já rumo a sexta rodada, e a tabela vai ganhando os contornos que devem perdurar durante o campeonato, com alguns favoritos já brigando na ponta da tabela e outros buscando se consolidar. Força tricolor. porque é muito possível.
Lance da rodada: vem da série B um lance curioso. O folclórico Túlio "Maravilha" foi protagonista de um lance para ficar nos anais da história: depois de uma pataquada dos zagueiros do América de Natal, a bola sobrou limpinha para o artilheiro, em busca do milésimo gol, estufar as redes do Serra Dourada. Até então um lance normal, mas a declaração do matador no fim do jogo foi simplesmente impagável. Só vendo para crer. "Deixa pra mim!!!"
Vida simples e pensamento elevado.